Publicado 22/07/2024 19:44 | Atualizado 22/07/2024 20:04
Rio - A Vara de Execuções Penais (VEP) do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) determinou, nesta segunda-feira (22), que Elizeu Felício de Souza, o Zeu, traficante condenado pela morte do jornalista Tim Lopes, volte a cumprir pena em regime fechado. Na decisão, o juiz também expediu um mandado de prisão contra o criminoso, que passa a ser considerado foragido.
PublicidadeCumprindo pena por homicídio no Presídio Vicente Piragibe, em Gericinó, na Zona Oeste, Elizeu recebeu o direito de progressão da pena para prisão domiciliar com a condição de instalar uma tornozeleira eletrônica. Ele saiu pela porta da frente do presídio no último dia 4 de julho e tinha até cinco dias para comparecer à Central de Monitoramento da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). No entanto, ele não retornou.
"Comunicada de que o réu deixou de comparecer à Central de Monitoração Eletrônica para a colocação do equipamento, sem apresentar justificativa ou procurar auxílio, a VEP considerou o descumprimento da medida como fuga do apenado e a interrupção do cumprimento da pena", disse o TJRJ por meio de nota.
Na decisão, o juiz Cariel Bezerra Patriota informou na decisão que a "falta de comparecimento ao posto de monitoramento eletrônico constituiu falta grave".
Histórico de fuga
Esta não é a primeira vez que Elizeu descumpre uma ordem judicial e se torna foragido. Em julho de 2007, o traficante fugiu do Instituto Penal Edgar Costa, em Niterói, beneficiado pela progressão para regime semiaberto, quando também cumpria a pena pela morte do jornalista. Na ocasião, Zeu deixou o presídio para benefício de Visitação Periódica ao Lar (VPL) e não voltou.
Desta vez, Elizeu estava a 13 anos e sete meses cumprindo pena em regime fechado no Instituto Penal Vicente Piragibe, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste.
Quem era Tim Lopes
O jornalista Tim Lopes foi morto em junho de 2002, na comunidade Vila Cruzeiro, aos 52 anos. Na época, ele decidiu fazer uma reportagem após receber denúncias de moradores da comunidade Vila Cruzeiro de que menores estavam sendo obrigados pelos traficantes a participar dos bailes, usar drogas e se prostituir. O jornalista já tinha mais de 30 anos de carreira quando foi brutalmente assassinado e já estava habituado a fazer matérias do mesmo tipo.
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