Publicado 23/07/2024 17:32
Rio - A família do motorista de aplicativo José Paulo dos Santos, de 58 anos, descreveu ele como uma pessoa cautelosa, que evitava aceitar corridas para lugares sinalizados como área de risco. Ele também tinha a rotina de trabalhar durante o dia para conseguir voltar cedo para casa. O trabalhador foi encontrado morto, com sinais de espancamento, na comunidade do Pombal, no bairro Porto Novo, em São Gonçalo, na segunda-feira (22).
PublicidadeUma das linhas de investigação da Polícia Civil é de que o motorista foi agredido por não aceitar deixar uma passageira, supostamente companheira de um traficante, dentro da comunidade.
"Ele evitava pegar viagens com informações de área de risco e essa fatalidade veio acontecer. Ele também saía cedo para voltar cedo. Eu não sou filho dele, mas fui criado como se fosse. Ele era um pai presente, sempre ligando", disse o enteado de José ao DIA, que pediu para não ser identificado.
O enteado descobriu que o padrasto havia sido morto na comunidade de São Gonçalo ao ver a publicação de um morador da região. Na imagem, aparecia o carro de José Paulo abandonado. José foi encontrado sem camisa, com marcas de espancamento, principalmente na cabeça, ao lado do veículo. Moradores da região também publicaram mensagens falando sobre um homem que teria sido morto por um grupo de criminosos da comunidade.
O caso está sendo investigado na Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG). Após realização de perícia no local, agentes tentam esclarecer a motivação do crime, bem como a identificação dos autores.
O corpo de José Paulo estava no Instituto Médico Legal (IML) de Tribobó, e foi liberado na tarde desta terça-feira (23). Não há informações sobre o horário e local do sepultamento do motorista.
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