Mãe da professora Layla Moraes se emociona no Instituto Médico Legal (IML) de Nova IguaçuPedro Teixeira / Agência O Dia
Publicado 24/07/2024 18:52 | Atualizado 24/07/2024 19:24
Rio - Familiares da professora Layla Marinho Paixão de Moraes, de 34 anos, morta durante uma tentativa de assalto em Belford Roxo, estiveram no Instituto Médico Legal (IML) de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na tarde desta quarta-feira (24), para liberação de seu corpo.
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O crime aconteceu por volta das 6h desta quarta no bairro Jardim Gláucia. Layla estava junto com o marido dentro de um carro quando criminosos anunciaram o assalto e atiraram. O veículo, encontrado na Avenida Automóvel Clube, ficou com marcas de tiros no vidro traseiro e na lataria, além da janela do motorista ter quebrado.
A professora foi atingida nas costas e no abdômen. Ela chegou a ser socorrida e encaminhada ao Hospital Municipal de Belford Roxo, mas não resistiu.
Através das redes sociais, amigos lamentaram a perda. Vivi Ventura disse que Layla foi uma das primeiras pessoas que confiaram nela profissionalmente. A mulher trabalhou junto com a professora por um período e era muito querida.
"Estou digitando isso com um nó na garganta gigantesco e uma lágrima do qual tento conter, mas que vejo muita dificuldade nesse momento. Eu não sou de escrever algo quando perco alguém próximo. Geralmente, eu só me recolho e vivo o momento do luto, mas no caso da Layla não tem como. Ela era uma boa mulher, excelente mãe, esposa e profissional, do qual foi mais que uma colega de trabalho, foi uma amiga. Partiu para outro plano de forma tão injusta e precoce. Layla foi uma das primeiras pessoas que confiou em mim como profissional quando eu ainda era apenas uma jovem, de 13, 14 anos, sem nenhuma experiência em Instituições de Ensino. Os anos passaram, me tornei uma adulta, tomei rumos distintos, mas, aquela parte da história sempre esteve guardada no meu coração com muito carinho", disse.
Maria José Pereira Gomes, que conhecia a professora, contou que Layla sempre recebeu seus netos na escola onde trabalhava e que era uma pessoa carinhosa com os alunos.
"Estou sem palavras, pois ela era um ser humano incrível, recebia meus netos na porta da escola onde ela trabalhava. Passou um filme em minha cabeça, eu chegando com meus netos e ela lá para recebê-los. Estamos com coração sangrando. Quem a conheceu sabe do que estou falando. Que Deus conforte o coração do marido, do filho, que é da idade do meu neto, e de todos os familiares. A violência está destruindo familiares", escreveu.
Layla trabalhava no Ciep Municipalizado Simone de Beauvoir, no bairro Parque São José. Ela deixa o marido e um filho de 12 anos. Ainda não há informações sobre seu sepultamento.
O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). A Polícia Civil informou que agentes realizam diligências para apurar a autoria do crime.
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