Layla Marinho era professora do CIEP Municipalizado Simone de Beauvoir, no Parque São JoséReprodução
Publicado 25/07/2024 09:44
Rio - Considerada uma professora dedicada e carinhosa por amigos e familiares, Layla Marinho Paixão de Moraes, de 34 anos, tinha duas formações acadêmicas e atuava na rede municipal de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, desde maio de 2021. A educadora morreu ao ser baleada durante uma tentativa de assalto, nesta quarta-feira (24), no bairro Jardim Gláucia. Ela estava com o marido dentro de um carro quando criminosos anunciaram o assalto e atiraram.

"Uma perda irreparável". O desabafo é da babá Maria José Pereira Gomes, de 54 anos, que ainda não consegue acreditar no que aconteceu com a pessoa que foi uma figura importante na educação dos netos. "Ela foi professora na escola que meus netos estudavam, sempre foi muito dedicada e carinhosa. Ela recebia as crianças na porta da escola sempre muito feliz. É uma perda muito triste, eu estou com o coração partido e minha filha mais ainda, que convivia sempre porque estavam juntas nas festas e reuniões da escola. A gente tinha uma conexão muito forte e parece que a ficha ainda não caiu", desabafou em entrevista ao DIA.

Para Maria José, Layla não era só professora dos pequenos, mas também uma amiga. A partir de agora, apenas as lembranças vão prevalecer. "Ela não era só professora, ela era amiga da mães dos alunos, ela era amiga da minha filha, era minha amiga e amiga das crianças. Ontem passou um filme na minha cabeça quando fui buscar meus netos, lembrei dela sempre lá para entregar os meninos, mas infelizmente estamos vivendo em um mundo violento", disse.

O crime aconteceu por volta das 6h. O veículo em que o casal estava, encontrado na Avenida Automóvel Clube, ficou com marcas de tiros no vidro traseiro e na lataria, além da janela do motorista ter quebrado. A professora foi atingida nas costas e no abdômen. Ela chegou a ser socorrida e encaminhada ao Hospital Municipal de Belford Roxo, mas não resistiu.

"A gente vê acontecer essa violência com tanta gente, mas quando acontece com alguém próximo ou da família, a gente fica em choque. A Layla se dedicava, ela tinha amor à profissão, quem a conheceu sabe do que estou falando. Estamos com o coração despedaçado com essa perda tão precoce e trágica", contou emocionada.

A educadora era formada em Pedagogia e Psicopedagogia e atuava na área há 15 anos. Layla era casada desde 2011 e deixa um filho de 12 anos. Atualmente, ela dava aulas no Ciep Municipalizado Simone de Beauvoir, que fica no Parque São José. O enterro será nesta sexta-feira (26) no Cemitério Vertical Memorial do Rio, em Cordovil, na Zona Norte, às 14h.
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Familiares da professora estiveram no Instituto Médico Legal (IML) de Nova Iguaçu, na Baixada, na manhã desta quinta-feira (25), para entregar algumas documentações pendentes para liberar o corpo. Em entrevista ao DIA, a cunhada da educadora, Tamires Paixão, falou sobre a perda repentina e a dedicação dela à família e alunos.
"A Layla era uma pessoa extremamente alegra, amável, e todos que a conhecem tem essa lembrança. Ela é uma filha dedicada, uma esposa honrada e uma mãe excepcional. O que a gente vai guardar dela são essas lembranças, ela era apaixonada por criança, por educar e ensinar", lamentou. No dia 8 de agosto, a professora completaria 35 anos.

O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). A Polícia Civil informou que agentes realizam diligências para apurar a autoria do crime.
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