Alunos da Uerj invadem reitoria e protestam contra as mudanças em regras de auxílioReprodução]/Redes sociais
Publicado 28/07/2024 17:01 | Atualizado 28/07/2024 22:21
Rio - Alunos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) que ocuparam a reitoria da instituição firmaram um acordo com a procuradoria da instituição e vão permanecer no local até a segunda-feira (29), quando haverá um ato público às 18h. Os manifestantes iniciaram o protesto na sexta-feira (26), ao invadir o campus do Maracanã, na Zona Norte do Rio.
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O grupo protesta contra as mudanças para a obtenção de bolsas e auxílios da assistência estudantil. Na noite de sábado (27), após intermediar o acordo, a vereadora Luciana Boiteux (PSOL) defendeu a ocupação e afirmou que os estudantes estão defendendo o direito à educação.
"Lutar não é crime. A ocupação é um mecanismo tradicional de lutas que precisa ser reconhecido. O clima ficou tenso porque é uma questão que pode impactar os estudantes", disse. Ainda segundo Boiteux, os manifestantes terão a oportunidade de apresentar suas reivindicações à reitoria da Uerj na segunda-feira (29).
Neste domingo (28), a partir das 17h, também aconteceu uma plenária híbrida com cerca de 400 estudantes da universidade. O ato na segunda-feira (29), será realizado no portão 5 do campus do Maracanã. 
Entenda como iniciou a ocupação
A manifestação teve início após Gulnar Azevedo, reitora da Uerj, mudar os critérios para elegibilidade de bolsas e auxílios de assistência estudantil. Uma das principais mudanças é a revisão da renda mínima necessária para que estudantes de ampla concorrência possam acessar a Bolsa Auxílio Vulnerabilidade Social (Bavs), com pagamento de R$ 706 por mês, tendo duração de dois anos. Antes, para obter o benefício, era necessária a declaração de um salário mínimo e meio, agora, é só meio salário.
Além disso, também serão feitos cortes no auxílio alimentação e passagem, R$ 300 cada, e redução pela metade no auxílio para material didático, que costumava cobrir o valor de R$ 1,2 mil, conforme as denúncias.
Os manifestantes afirmam que cerca de 5 mil estudantes vão perder os benefícios após a mudança. Eles também denunciam atrasos nos pagamentos. Segundo os alunos, as propostas da atual reitoria, antes de ser eleita, era manter os benefícios.
O que diz a Uerj
Em nota, neste sábado (27), a reitoria da Uerj reforçou a importância do diálogo com as entidades representativas dos estudantes para resolver o conflito. "A Reitoria constituiu, na manhã de hoje (dia 27/07), uma comissão de mediação, entendendo que é preciso desocupar imediatamente as instalações da Universidade, para seguir com o diálogo democrático", esclareceu.
A universidade também rebateu acusações de alunos sobre um possível corte de luz na reitoria para inibir a ocupação. "Diferente do que tem sido falsamente divulgado, não houve restrição de luz ou de água no campus. Seguiremos firmes na defesa da integridade das pessoas e do patrimônio de nossa Universidade", finalizou.
 
 
 
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