Publicado 30/07/2024 18:08 | Atualizado 31/07/2024 20:31
Rio - A médica e perita Ana Cristina Benites do Nascimento, agredida e mantida em cárcere privado pelo companheiro em Copacabana, na Zona Sul, sofreu traumatismo craniano, fraturas na face e nas costelas. Ela chegou a desmaiar por causa das agressões antes de ter os pertences roubados. João Phelippe de Souza Melo foi preso nesta terça-feira (30) em Campo Grande, na Zona Oeste.
PublicidadeO caso aconteceu por volta das 2h40 do dia 13 deste mês, no apartamento da vítima na Rua Sá Ferreira. De acordo com as investigações, Ana e João chegaram juntos ao imóvel e, após uma discussão, o homem começou a agredi-la com socos, chutes e puxões de cabelo. Ana desmaiou e em seguida o acusado roubou joias, relógios e outros bens. Ele ainda a trancou no banheiro antes de deixar o apartamento.
Segundo o Boletim de Atendimento Médico de Ana, que consta no documento que tornou João réu, a vítima chegou em uma unidade hospitalar com traumatismo craniano, fratura na mandíbula e em algumas costelas.
A médica está internada no Hospital Copa d'Or, em Copacabana. Segundo a direção da unidade, ela se encontra em pós-operatório de correção de fratura na mandíbula. Seu quadro é considerado estável, em bom estado geral, mas sem previsão de alta.
Prisão do acusado
João Phelippe foi preso nesta terça-feira (30), em Campo Grande, na Zona Oeste, por agentes da 13ª DP (Ipanema). Contra ele havia um mandado de prisão em aberto.
Na quinta-feira passada (25), a juíza Daniella Alvarez Prado, do Juizado de Violência Doméstica Familiar do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), tornou o acusado réu pelos crimes de cárcere privado e roubo mediante violência, além de decretar a sua prisão. Para a magistrada, o homem em liberdade põe em risco à integridade física e psicológica da vítima.
"Necessária a decretação da sua prisão preventiva para permitir que ela esteja a salvo de qualquer ato lesivo capaz de pôr em risco a sua vida. Saliente-se que a instrução criminal sequer se iniciou, de modo que a liberdade do acusado implica na formação das provas, sobretudo no depoimento livre da vítima, a fim que ela preste seu depoimento livre de quaisquer ameaça ou pressão", escreveu.
A juíza ainda determinou medidas cautelares contra o homem como a proibição dele se aproximar da vítima no limite máximo de 250m, a proibição de contato com a mulher e a proibição de frequentar a residência da médica.
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