PMs socorreram o funcionário e levaram a vítima em uma viatura até a UPA Mário Monteiro, em NiteróiReprodução / Redes Sociais
Publicado 07/08/2024 15:58
Rio - Os policiais militares que participaram do confronto que terminou com um funcionário da Prefeitura de Niterói baleado, na manhã desta quarta-feira (7), tiveram suas armas apreendidas para realização de uma perícia. A Polícia Civil pretende descobrir de onde partiu o tiro que acertou a perna de Daniel Rodrigues de Souza enquanto ele trabalhava na região do Morro do Caniçal, em Niterói, na Região Metropolitana.
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O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG). De acordo  com a Civil, os agentes do 12º BPM (Niterói) já prestaram depoimento na especializada e entregaram suas armas para exame de perícia. Diligências estão em andamento para esclarecer todos os fatos.
Daniel foi baleado na perna esquerda no momento em que trabalhava em obras de urbanização na região da comunidade do Caniçal. Imagens que circulam nas redes sociais mostram o homem ferido caído em uma rua da região.
Segundo a Polícia Militar, dois homens em uma motocicleta fugiram de uma abordagem de uma equipe do 12º BPM na Rua Deputado José Luiz Erthal, no bairro Cafubá. A PM informou que, durante a perseguição, criminosos atiraram contra os policiais de dentro da comunidade, o que gerou um confronto.
Depois do conflito, o funcionário foi encontrado ferido, socorrido e levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Mário Monteiro. De lá, Daniel foi transferido para o Hospital Estadual Azevedo Lima, ainda em Niterói, onde recebeu atendimento da equipe de ortopedia e deu entrada no centro cirúrgico. Seu quadro é estável, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES).
Ainda de acordo com a PM, três suspeitos foram presos na ação e com eles foram apreendidas duas pistolas calibre 9mm, três rádios comunicadores, drogas e dinheiro em espécie.
Em nota, a Prefeitura de Niterói informou que o homem estava trabalhando em obras de urbanização no Caniçal e que ele utilizava os equipamentos de proteção individual. "A Empresa Municipal de Moradia, Urbanização e Saneamento (Emusa) já solicitou, junto à empresa terceirizada, que a vítima receba todo o apoio necessário, e vai acompanhar de perto a recuperação do trabalhador", afirmou o órgão.
Protesto de moradores
Logo depois do trabalhador ter sido baleado, moradores desceram em direção à Estrada Francisco da Cruz Nunes, na altura do número 1.482, em frente à UPA Mário Monteiro, para realizar uma manifestação. Eles atearam fogo em objetos e fecharam os dois sentidos da pista, que é uma das principais vias de acesso à região oceânica da cidade.
Os bombeiros foram acionados para o local e controlaram o incêndio. A avenida ficou interditada por mais de uma hora, com trânsito intenso, sendo liberada no início da tarde, segundo a Nittrans. A PM informou que o protesto teria iniciado a mando de responsáveis do tráfico.
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