Caso é conduzido por policiais da 17ª DP (São Cristóvão)Divulgação
Publicado 12/08/2024 17:36
Rio - Jeckson Felix, de 30 anos, uma das vítimas do esquema do falso consórcio oferecido por uma empresa de Rocha Miranda, na Zona Norte, foi à delegacia, nesta segunda-feira (12), em busca de informações sobre o andamento do caso. De acordo com a vítima, ele e um grupo de pessoas lesadas pelo golpe combinaram de cobrar respostas na 17ª DP (São Cristóvão), após parte dos 22 presos pelo crime ter sido solta

"Vimos as pessoas envolvidas sendo soltas, por isso a preocupação. Nossa ideia era saber o andamento do caso e também pedir orientação sobre meus direitos (...) É um valor que nós poderíamos estar usando para outra coisa", explicou Jeckson, que perdeu cerca de R$ 5 mil no golpe.

A vítima diz que pretendia comprar uma motocicleta na modalidade financiamento, mas ao contatar a empresa, cujo anúncio encontrou nas redes sociais, foi sugerida a opção do consórcio. "Eles disseram para gente que pagaríamos esse valor de R$ 3.150 iniciais para entrar no consórcio e que na semana seguinte já teríamos a moto", disse.

Jeckson lembra que trouxe mais credibilidade para o processo o fato de ter, entre os funcionários do escritório, um conhecido e vizinho da família. "Nós achávamos que se tratava de uma pessoa idônea, mas depois que tudo aconteceu, ele sumiu. Parou de responder as mensagens e desligou o telefone", lamentou a vítima, que foi orientada a procurar um advogado ou a Defensoria Pública do Rio de Janeiro.

O homem citado pela vítima seria o gerente do escritório estourado pela Polícia Civil em Rocha Miranda, onde foram presas 22 pessoas, no dia 27 de julho. Boa parte dos presos recebeu liberdade na semana passada, enquanto as acusações não são oficializadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
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Antes das concessões de habeas corpus, familiares de parte desses presos em flagrante chegou a realizar um protesto na porta da 17ª DP defendendo que eles não sabiam que se tratava de um esquema fraudulento. Alguns deles, inclusive, afirmavam que seus familiares detidos tinham iniciado apenas dias antes de serem detidos.
Procurada pela reportagem de O DIA, a Polícia Civil informou que instaurou um inquérito para apurar a conduta da responsável pela empresa que negociava os contratos de consórcio. "A investigação está em andamento", diz comunicado.
O MPRJ também foi procurado, mas não informou sobre as acusações que será atribuídas pela procuradoria aos envolvidos no esquema.
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