Manifestantes obstruem todos os acessos a prédio no campus da Uerj no Maracanã, na noite desta quarta-feira (14)Divulgação
Publicado 14/08/2024 22:09 | Atualizado 14/08/2024 22:18
Rio - Um grupo de manifestantes obstruiu com mesas e cadeiras todos os acessos ao Pavilhão João Lyra Filho, no campus da Universidade do Estado do Rio (Uerj) no Maracanã, por volta das 21h desta quarta-feira (14). A ação é liderada por estudantes contrários às mudanças para a obtenção de bolsas e auxílios da assistência estudantil, prevista no Ato Executivo de Decisão Administrativa (Aeda) 038/2024.
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A Uerj se pronunciou sobre a obstrução do prédio e classificou como inaceitável. A instituição informou que abriu uma sindicância para apuração imediata dos fatos e identificação dos envolvidos, bem como a garantia de que a Uerj permaneça aberta. "Gerações investiram toda a sua energia para que as Universidades públicas estivessem abertas, como espaços fundamentais de construção do pensamento crítico, das práticas democráticas e políticas de inclusão", informou por meio de nota. 
Por causa do ocorrido, a Faculdade de Educação da Uerj emitiu uma notificação suspendendo as aulas até sexta-feira (16). Nas redes sociais, os estudantes afirmam que não vão recuar na ação.
Uma das principais mudanças do Aeda, que provocaram diversas manifestações de estudantes, incluindo a ocupação da reitoria da Uerj no dia 26 de julho, é a revisão da renda mínima necessária para que alunos de ampla concorrência possam acessar a Bolsa Auxílio Vulnerabilidade Social (Bavs), com pagamento de R$ 706 por mês, tendo duração de dois anos. Antes, para obter o benefício, era necessária a declaração de um salário mínimo e meio, agora, é só meio salário.
Ato da Educação termina com invasão e confusão na Faperj
Profissionais da educação, estudantes e representantes de movimentos estudantis também invadiram, na tarde desta quarta-feira (14), a portaria do prédio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), no Centro, durante um ato solicitando revogações de normativas e melhorias salariais.
Os manifestantes quebraram as grades e conseguiram entrar na portaria do prédio. Durante a invasão, um segurança do edifício até puxou uma arma e segurou um jovem pela gola da camisa. Policiais militares também interviram. Cerca de 200 pessoas estiveram no local.
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