Geane de Jesus Machado foi morta a facadas na frente dos filhos em CavalcantiReprodução/Redes sociais
Publicado 17/08/2024 16:07
Rio - O corpo de Geane de Jesus Machado, de 42 anos, foi sepultado na tarde deste sábado (17), no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte do Rio. O ex-companheiro dela, Henrique Leonardo da Silva, 34 anos, está preso e é apontado como o principal suspeito de matar a vítima a facadas na frente dos filhos, em Cavalcanti.
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Familiares e amigos estiveram no cemitério para prestarem as últimas homenagens à Geane. Ela deixa cinco filhos menores de idade, sendo a mais velha de 16 anos. As investigações sobre a morte de Geane estão em andamento na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
Henrique vai passar por audiência de custódia neste sábado (17). Ele foi preso na noite desta quinta-feira (15), horas depois do crime. Antes de ser detido, o suspeito foi espancado por populares.
O crime
De acordo com familiares da vítima, o suspeito invadiu a casa da ex-companheira enquanto ela dormia, pegou uma faca na cozinha e perfurou duas vezes o peito da mulher. O crime ocorreu na frente do atual namorado e dos filhos de Geane.
Ela chegou a ser socorrida e levada para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, na Zona Norte. No entanto, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que ela deu entrada na unidade já sem vida.
Feminicídio e violência contra a mulher aumentam nos primeiros meses do ano
O estado do Rio registrou aumento nos indicadores de violência contra a mulher nos primeiros meses de 2024. Crimes como feminicídio, tentativa de feminicídio e assédio sexual tiveram crescimento entre janeiro e abril deste ano, em comparação com o mesmo período de 2023, segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP). Os números podem ser ainda maiores, já que o município teve novos casos nos meses de maio, junho, julho e agosto.
A advogada especialista em violência contra mulher, Rebeca Servaes, explica que é preciso observar a subnotificação de casos, já que não é possível identificar se houve aumento nos episódios ou notificações. "Esse aumento de notificações pode se dar pela maior conscientização das mulheres, de maneira geral, porque esse assunto está cada vez mais falado na sociedade, nas novelas, nos filmes, nos jornais. Então, cada vez as mulheres estão se conscientizando mais sobre o que são relacionamentos abusivos, o que configura uma violência e isso pode ensejar maior número de notificações", apontou.
 
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