Publicado 23/08/2024 15:50 | Atualizado 23/08/2024 22:28
Rio - A família de Pedro Lucas Oliveira Ramos Soares, de 20 anos, morto a tiros depois de ser acusado de estuprar uma adolescente, esteve novamente, nesta sexta-feira (23), na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), na Barra da Tijuca, Zona Oeste, para cobrar o avanço na investigação do caso e a prisão do suspeito pelo crime. O acusado é Aderval da Silva, de 45 anos, pai da menor de idade envolvida no caso que aconteceu no dia 7 de agosto.
PublicidadeSegundo a mãe de Pedro Lucas, Mônica Oliveira Ramos, o filho foi vítima de uma fofoca e acabou perdendo a vida. Ela acredita que as investigações para localizar o autor dos disparos, que já é alvo de mandado de prisão preventiva, estão levando tempo demais. Ela, o sobrinho e o advogado responsável pelo caso levaram o mandado de prisão preventiva à delegacia.
"Já tem quase trinta dias e ele ainda não preso. Agora, dia 20 que saiu o mandado de prisão. Viemos correr atrás de informação e trazer duas meninas que estão na cena do crime e têm que depor. Viemos trazer mais provas, mais coisas e correr atrás para não deixar cair no esquecimento. Mais informações para ver se isso acaba e se conseguimos o pedido para cremar meu filho. Queremos respostas", afirmou a mãe do rapaz morto.
Mônica reforça que a motivação para o assassinato foi um crime que não existiu, já que os laudos atestaram que a adolescente não foi abusada. O caso teria acontecido no dia 10 de julho, segundo relato da adolescente à mãe de Pedro Lucas. A queixa da menor, contudo, só aconteceu no dia 7 de agosto, horas antes do menino ser morto, em Vargem Pequena, Zona Oeste.
"Queremos ir ao tribunal. Muita coisa vai acontecer. Já saiu um laudo dizendo que meu filho é inocente e que a garota não foi estuprada coisa nenhuma. Estamos em busca de justiça. Meu filho perdeu a vida em vão. Com quatro tiros ele perdeu a vida. Tudo por causa de uma fofoca", disse Mônica.
Câmeras de segurança flagraram o momento do homicídio. Pedro anda pela rua sozinho a caminho do trabalho quando é abordado pelo irmão e pelo pai do adolescente, responsável pelos disparos. Ele tenta fugir, mas é atingido por pelo menos três tiros e morre no local.
Segundo familiares, a família que acusou o jovem de estupro desapareceu após o crime. Moradores chegaram a fazer um protesto pedindo justiça no dia do assassinato. Pedro foi enterrado na sexta-feira (9) no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, na Zona Portuária.
A mãe do jovem espera que o cartaz de procurado com a foto de Aderval da Silva seja divulgado, ainda nesta sexta-feira (23), pelo Portal dos Procurados do Disque Denúncia. "Semana que vem completa um mês. Se ele não for preso em um mês, faremos uma nova manifestação", finalizou Mônica.
O caso segue sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.