Sepultamento de Lucas de Sousa de Sá, de 28 anos, aconteceu no Cemitério de IrajáLucas Cardoso / Agência O Dia
Publicado 01/09/2024 14:55
Rio - Dor e revolta marcaram a despedida de amigos e familiares a Lucas dos Santos de Sá, 28 anos. Ele foi uma das vítimas do ataque a tiros que terminou com quatro mortos e cinco feridos, em um bar em Turiaçu, na Zona Norte, na madrugada de sábado (31). O enterro do rapaz, sócio do estabelecimento, foi na tarde deste domingo (1º), no Cemitério de Irajá, com a presença de mais de 100 pessoas.
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O caso aconteceu na Whiskeria DG Mix, na Rua Silvio Tibiriçá, próximo à comunidade da Congonha, que é dominada pelo Comando Vermelho. Moradores afirmam que o crime foi realizado por traficantes da comunidade da Serrinha, em Madureira, controlada pelo Terceiro Comando Puro. Um grupo armado teria pulado muros ao lado do estabelecimento para encurralar os frequentadores e realizar um ataque a tiros.
Emocionado durante a cerimônia, Diego de Sousa dos Santos, irmão mais velho da vítima, contou que o empreendimento só existia por causa de Lucas. "Ele se entregava por isso. Era nosso salvador. Só aconteceu porque ele deu o nome dele. Está tudo no nome dele. Sem ele, não teríamos conseguido nada. Vínhamos crescendo e conseguindo conquistar coisas maiores. Recentemente compramos uma moto nova para entrega", revelou o irmão.
"Viemos de uma realidade difícil. Morávamos oito em uma casa de dois cômodos. Sempre na dificuldade, mas batalhamos muito", completou.
Após o ataque, perfis nas redes sociais passaram a especular que as vítimas teriam envolvimento com a facção que atua na comunidade da Congonha. No entanto, Diego ressaltou que Lucas não fazia parte de nenhuma organização criminosa. "Ele não gostava nem de parar perto desses caras [criminosos]. Quem conhece sabe", destacou.
O irmão ainda afirmou que o assassinato aconteceu de forma covarde, enquanto Lucas tentava socorrer um entregador que estava ferido. "Ele correu para dentro do bar, entrou na câmara fria para se proteger com outros funcionários, mas tentou sair para socorrer um deles que ficou para fora. Nesse momento que ele tentava puxar o rapaz para dentro da câmara, acertaram ele", explicou o familiar.

Irmão do meio de Lucas, Renan de Sá disse também que perfis falsos compartilham que o rapaz teria envolvimento com uma facção criminosa, o que é negado pela família.
Outras três pessoas também foram baleadas e morreram: Denis da Silva Ventura, de 24 anos; Thiago de Mello Araújo, também de 24; e Alisson Henrique da Silva Lucena, de 41. Todos chegaram sem vida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Rocha Miranda, também na Zona Norte.
O ataque ainda deixou cinco pessoas feridas. O grupo deu entrada no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. Erick Patrick Pereira da Silva está internado em estado grave na unidade, enquanto Ryan da Silva Mascarenhas tem um quadro considerado estável. Ana Carolina Santoro, Tatiana Silvestre Filho e Luis Cláudio dos Santos receberam alta hospitalar na manhã de sábado.
A Polícia Militar informou que equipes do 9º BPM (Rocha Miranda) intensificaram o policiamento na região após o ataque.
O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Segundo a Polícia Civil, diligências estão em andamento para apurar a autoria e a motivação do crime.
O caso segue sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da
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