No momento em que explodiu, a panela cozinhava feijãoDivulgação
Publicado 13/09/2024 16:17 | Atualizado 13/09/2024 16:34
Rio - Uma panela de pressão explodiu na cozinha da Escola Municipal Guandu, em Campo Grande, na Zona Oeste, durante horário das aulas, na manhã de quarta-feira (11). Na ocasião, merendeiros estavam cozinhando feijão. Apesar do susto, ninguém se feriu.
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Imagens mostram que teto, o chão e as paredes ficaram com marcas do alimento. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (SME), a unidade escolar continuou funcionando ao longo da semana. "Nada na cozinha foi afetado. A panela foi substituída no mesmo dia por uma nova", informou em nota.

Segundo o  Sindicato Estadual de Profissionais de Educação do Rio (Sepe), desde que outra panela explodiu na Escola Municipal Embaixador Barros Hurtado, em Cordovil, no dia 10 de julho deste ano, ferindo gravemente dois cozinheiros escolares terceirizados, os profissionais da unidade vinham solicitando a manutenção dos equipamentos, principalmente das panelas de pressão.
"Há anos o sindicato denuncia as más condições de trabalho nas cozinhas escolares da rede pública municipal, assim como a grande sobrecarga de trabalho e os riscos enfrentados pelas merendeiras, que acabam expondo os trabalhadores ao perigo em casos de acidentes como esse", disse.
A escola funciona normalmente nesta sexta-feira (13) e segundo o Sepe recebeu a visita da direção da 9ª Coordenadoria Regional de Educação da Secretaria Municipal de Educação (SME).
"O Sepese solidariza com os funcionários e demais integrantes da comunidade escolar. A instituição está acompanhando o caso e irá cobrar da SME o cumprimento das normas de segurança para resguardar a vida dos profissionais de educação e alunos das unidades escolares municipais", finalizou em comunicado.
Outro caso
Em julho, a explosão de uma panela de pressão em outra cozinha escolar deixou dois merendeiros feridos, em Cordovil, na Zona Norte. O caso aconteceu na Escola Municipal Embaixador Barros Hurtado, quando os funcionários preparavam um lanche para uma festa junina dos alunos. 

De acordo com familiares, Priscila Araújo Barbosa, de 32 anos, e outros funcionários preparavam cachorro-quente, pipoca e canjica para uma festa junina no último dia de aula, quando a panela de pressão explodiu. Imagens do acidente mostram que o fogão em que a comida era preparada ficou com as bocas destruídas e os alimentos espalhados por toda a cozinha, no chão, bancadas e até nas paredes.
A merendeira chegou a desmaiar com a explosão. Ela sofreu fratura de mandíbula, dilaceramento do maxilar, corte do nariz ao lóbulo da orelha, além de ter perdido todos os dentes superiores do lado esquerdo. Por ter ficado com a face muito comprometida, os médicos não conseguiram realizar uma intubação tradicional e precisaram recorrer a uma traqueostomia - procedimento em que é feito uma abertura frontal na traqueia do paciente. Apesar de ter ficado em estado grave, Priscila recebeu alta no dia 18 de julho.
Já o merendeiro Luiz Paulo Soares, de 51 anos, sofreu queimaduras de segundo e terceiro grau. Ele recebeu alta médica no dia seguinte.
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