Chiquinho Mestre-Sala é filho de Maria Helena, eterna porta-bandeira da Imperatriz LeopoldinenseReprodução / Redes Sociais
Publicado 26/09/2024 21:58 | Atualizado 26/09/2024 22:38
Rio - José Francisco de Oliveira Neto, conhecido como Chiquinho, de 60 anos, figura ilustre do Carnaval carioca e histórico mestre-sala da Imperatriz Leopoldinense, está internado em estado grave no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, na Zona Norte, devido a uma infecção bacteriana. Para reagir melhor à medicação, ele está intubado e em coma induzido.
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Filho de Maria Helena, eterna porta-bandeira da agremiação, Chiquinho contraiu a bactéria no dia 1º deste mês. O mestre-sala ficou internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Del Castilho, também na Zona Norte, por oito dias, até ser transferido para o Hospital Municipal Doutor Moacyr Rodrigues do Carmo, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde passou mais quatro dias até receber alta.
Ao DIA, Kelly Carpinetti, mulher de Chiquinho, contou que o abdômen do companheiro começou a inchar em casa e a preocupação voltou a afligir a família. Com isso, ele precisou de uma nova internação, onde descobriram que ele está com uma sepse, ou seja, uma infecção generalizada.
"O abdômen dele começou a se estender muito. Ficou muito grande, parecia que ele estava com duas crianças, gêmeos. Aí eu comecei a ficar preocupada. Ele começou a voltar com a febre, e eu falei pro meu filho: 'Teu pai não está evacuando, tem alguma coisa errada'. Conseguimos internar ele na UPA de Irajá e hoje (quinta) ele está no Getúlio Vargas. Ainda estão vendo a certeza disso, mas ele estava com uma bactéria, uma sepse, que foi para os rins e agora está no pulmão", explicou Kelly.
Chiquinho está internado na unidade desde a última terça-feira (17), mas a luta contra a infecção já completou 25 dias. Nesta quinta-feira (26), o mestre-sala está entubado e em coma induzido. Kelly informou que essa situação é para ele responder melhor à medicação, conforme explicado pela equipe médica.
"Ele está entubado desde o domingo (22). Está em coma induzido e o médico explicou que é por conta da medicação, que ele não estava conseguindo reagir bem. Por isso que teve que botar ele em coma induzido, pois ele ia reagir melhor e assim foi feito. Estive lá e achei que ele teve um pouquinho de melhora. É o que o médico falou, o mínimo de melhora que ele tem para a gente é muita coisa, porque vamos tentando desmamar ele, tentando tirar os tubos e aí ele vai respondendo aos pouquinhos. Daqui a pouquinho ele já não está mais entubado. Amanhã (sexta), se Deus quiser, a gente vai ter uma notícia dele positiva", completou.
Ainda segundo a companheira, o hospital realizará uma tomografia no pulmão para entender que tipo de bactéria que Chiquinho está causando a infecção. Enquanto segue internado, amigos e a família pedem orações para o mestre-sala.
"Eu fico lisonjeada com esse movimento. Tem sido um período muito difícil para mim. Nunca fiquei tanto tempo sem ele, nunca vi meu marido sofrer tanto. O carinho, apoio e as orações dos amigos e familiares é primordial nesse momento. Quando ele sair dessa, ficará muito feliz também. Ele não tem ideia do tanto que as pessoas tem esse imenso carinho", disse Kelly.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), seu quadro é considerado grave. Procurada por O DIA, a direção da Imperatriz informou que mantém contato com a família de Chiquinho em busca de auxiliá-la.
História com a mãe
Chiquinho e Maria Helena Rodrigues foram campeões pela escola de Ramos em seis oportunidades: 1989, 1994, 1995, 1999, 2000 e 2001.
Chiquinho atuou pela agremiação por 25 anos. Depois de sair da Verde e Branco, ele ainda desfilou pela Alegria da Zona Sul em 2006 e 2007. Posteriormente, voltou a sair na Imperatriz como Destaque.
Maria Helena morreu em março de 2022, aos 76 anos, em decorrência de complicações causadas pelo diabetes. Naquele ano, ela chegou a participar do último ensaio técnico da escola para o desfile. A histórica porta-bandeira nasceu em 1945, na cidade de São João do Nepomuceno, em Minas Gerais, e veio para o Rio de Janeiro nos anos 60 em busca de uma vida melhor.
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