Menino baleado em tiroteio em Belford Roxo completa uma semana de internação

Rio - O menino L.M.F.P., de 7 anos, baleado em um tiroteio em Belford Roxo há uma semana, segue internado, neste sábado (28), no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Em um bar próximo do local onde a criança foi atingida, duas pessoas morreram e outras duas ficaram feridas.

A direção do hospital informou que a vítima deu entrada na unidade no último sábado (21), por volta das 22h55, com um tiro na região do abdômen. O menino foi encaminhado imediatamente para cirurgia de laparatomia exploradora, que consiste em fazer um corte na área atingida para observar se há alguma anormalidade ou alteração nos órgãos. O procedimento aconteceu sem intercorrências.

Neste sábado (28), a criança segue internada na unidade, em um leito de enfermaria pediátrica, respirando em ar ambiente, com boa aceitação da dieta proposta, e mantém o quadro estável.

Segundo a família da vítima, L.M.F.P. estava brincando em uma praça do bairro Parque São José quando foi atingido. Próximo do local, ocorreu um tiroteio em um bar que causou a morte de Diego Souza de Jesus, de 35 anos, e de Milena Roberta Silva das Neves, 26. O homem morreu no estabelecimento. A mulher chegou a ser socorrida e levada para o HMAPN, mas não resistiu.

De acordo com o hospital, a jovem deu entrada com quadro gravíssimo, com diversas marcas de tiros na região do abdômen com perfurações no diafragma, estômago e intestino. Ela passou por cirurgia, mas o quadro continuou o mesmo. Milena veio a óbito na madrugada de domingo (22).

O ataque ao bar também deixou duas mulheres feridas. Cristiane Felício dos Santos, 38, chegou no HMAPN também com tiros na região do abdômen. Ela passou por cirurgia e ficou internada cinco dias, até receber alta nesta quinta-feira (26) com orientações e retorno ambulatorial.

Já Bianca Salomão Balduino, 35, baleada no ombro esquerdo, recebeu alta com orientações ainda na noite de sábado (21).

Uma disputa entre o tráfico e a milícia pode ter motivado o tiroteio no bar, que terminou com as mortes e com as mulheres feridas. A linha de investigação que apura se o crime aconteceu devido a uma desavença entre grupos rivais ganhou força durante a semana na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).

Informações preliminares apontam que criminosos passaram atirando em direção ao estabelecimento. O caso segue sendo investigado pela especializada.