Rafaela Martins de Araújo chegou a ser socorrida, mas não resistiuReprodução
Publicado 08/10/2024 19:51 | Atualizado 09/10/2024 16:00
Suzano (SP) - O corpo da engenheira Rafaela Martins de Araújo, de 27 anos, que morreu nesta segunda-feira (7) ao ser atropelada por um rolo compressor, em uma obra no Terminal da Petrobras em Cabiúnas, em Macaé, no Norte Fluminense, foi sepultado na tarde desta terça (8), no Cemitério Colina dos Ipês, em Suzano, no interior de São Paulo, onde a jovem nasceu. O Sindicato de Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) anunciou que cobra da estatal "uma investigação rigorosa" sobre o acidente.
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Desde o ocorrido, centenas de pessoas comentaram em postagens nas redes sociais destinadas ao caso manifestando solidariedade à família. Algumas delas mostraram ter conhecido a engenheira: “Colega nossa que trabalhou também no Oiapoque. Trágico! Estamos todos de luto", destacou um; "Muito triste! A Rafa era luz. Que Deus conforte os pais e todos os familiares", desejou outra.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Macaé, Rafaela – que trabalhava na empresa MJ2, prestadora de serviços para a Petrobras – já chegou sem vida à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Lagomar e foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) do município. A Polícia Civil comunicou que diligências estão em andamento na 123ª DP (Macaé). Uma perícia no local já foi realizada e testemunhas serão ouvidas.
Por nota, a Petrobras afirmou que já alertou os órgãos competentes, que "estiveram prontamente no local", e instaurou uma comissão para apurar “todas as causas da lamentável ocorrência". O grupo de análise será composto por representantes da entidade Sindical e da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).
Cobrança simultânea sobre outro caso
Já o Sindipetro-NF anunciou que solicitou à Petrobrás uma investigação rigorosa não apenas sobre a morte de Rafaela Martins, mas também de um técnico identificado como Edson Lopes Almeida, que, segundo o sindicato, foi encontrado morto, por causas naturais, a bordo do navio-plataforma FPSO Niterói da empresa Modec, afretada localizada na Bacia de Campos, no último sábado (5).
Em suas redes sociais, o sindicato postou: "Já solicitamos à Petrobrás uma investigação rigorosa sobre esses casos. Continuaremos acompanhando de perto e cobrando respostas das empresas para garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores".
Sobre este caso, a Petrobras emitiu outra nota, na qual explica que o "profissional estava em período de descanso e foi encontrado em sua acomodação sem sinais de vida". A estatal afirma ainda que um laudo emitido pelo IML de Macaé "atestou que o óbito ocorreu por causas naturais".

O texto encerra comunicando que Petrobras e Modec "informaram imediatamente às autoridades competentes e estão prestando todo o apoio necessário à família do profissional e aos colegas embarcados". 

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