Publicado 05/11/2024 17:24
Rio - A mochila roubada do estudante Thierry Muniz Soares, de 17 anos, que perdeu a prova do Enem no domingo passado (3) por conta do caso, foi queimada por torcedores de uma organizada do Flamengo. O ato do grupo foi filmado e vem sendo compartilhado nas redes sociais.
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De acordo com o pai do adolescente, Luiz Pierre Soares, assistir à cena compartilhada nas redes sociais lhe trouxe uma mistura de sentimentos. "Tristeza, raiva, indignação. Ainda mais por vê-los comemorando o que fizeram enquanto o meu filho estava arrasado. Honestamente, não consigo entender", lamentou o autônomo que, minutos antes, havia registrado o filho saindo para fazer a prova.
Luiz disse ainda que os documentos de Thierry foram encontrados por um guardador de carros na mesma rua onde o caso aconteceu, na Rua General Canabarro. "Recebemos a ligação de que os documentos tinham sido entregues em um bistrô e fomos lá buscar. O restante das coisas que estavam na bolsa se perdeu", disse.
"Isso para mim não é torcedor e acredito que não seja apoiado pela maioria dos flamenguistas. Um bando de marmanjo que fez isso com um adolescente que estava indo fazer o Enem", criticou. O caso está sendo investigado pela 18ª DP (Praça da Bandeira).
Pelo fato de estar sem os documentos, Thierry foi impedido de entrar no local de prova onde faria o primeiro exame, no Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet), no Maracanã, Zona Norte.
Após saber do ocorrido, o pai do adolescente chegou a voltar em casa para buscar uma cópia do RG autenticada, mas o documento não foi aceito pelos fiscais que controlavam o acesso ao Cefet.
No momento em que foi impedido de acessar, um funcionário chega a atingir a mão do adolescente com o portão. A confusão mobilizou pessoas que acompanhavam o drama de pai e filho que gritavam para que o fiscal liberasse o acesso.
Segundo Luiz, a ideia é acionar o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo Enem, para que Thierry consiga fazer a segunda chamada da primeira prova. O pedido deve ser avaliado pela instituição e, se aprovado, a expectativa é de que o adolescente faça uma nova prova em dezembro.
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