Tiago Alves Lima, acusado de matar um vigilante da Reduc, foi preso em MagéReprodução
Publicado 28/11/2024 19:08
Rio - Tiago Alves Lima, acusado de matar o vigilante Leonardo Lopes da Silva, de 39 anos, após invadir a Refinaria Duque de Caxias (Reduc), foi preso, nesta quinta-feira (28), em Magé, na Baixada Fluminense. O crime aconteceu em março de 2023.
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A prisão foi realizada em uma ação conjunta entre agentes da 66ª DP (Piabetá) e do Programa Segurança Presente. Segundo a Polícia Civil, o objetivo era reprimir ocorrências de roubos e furtos na região de Magé. Durante as diligências, as equipes encontraram o homem na Rua Doutor Hildebrando de Góes Araújo, no bairro Jardim Novo Horizonte. Contra ele, havia um mandado de prisão preventiva por latrocínio.
Em abril deste ano, a juíza Raphaela de Almeida Silva, da 3ª Vara Criminal de Duque de Caxias, decretou a prisão de Tiago, também conhecido como TH, e o tornou réu pelo crime. A denúncia apontou que o homem invadiu armado a Reduc pelo portão 20, que ficava desativado nos finais de semana, e rendeu um vigilante, roubando sua arma.
Posteriormente, houve um confronto entre o criminoso e Leonardo, que foi atingido em regiões vitais. O acusado fugiu logo depois.
"A permanência do denunciado em liberdade colocaria em risco a instrução criminal, na medida em que as testemunhas não foram ouvidas em juízo e a permanência do denunciado em liberdade poderia intimidá-las, prejudicando a busca da verdade real. Assim o decreto prisional é necessário para garantir a instrução criminal, a aplicação da lei penal e a ordem pública. Diante das circunstâncias do caso, a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares diversas da prisão não atenderia as finalidades da lei, sendo a medida extrema a única possível", escreveu a magistrada na decisão.

Tiago ainda possui outras anotações, como pelo crime de roubo.
Relembre o caso
A morte aconteceu em 12 de março de 2023. Na época, a Petrobras informou que o homem tentou assaltar um ônibus na região da refinaria e fugiu em direção à área externa do espaço, onde fez um outro vigilante refém.
Leonardo, que era colaborador da empresa Veper, que presta serviço na Reduc, estava trabalhando e trocou tiros com Tiago. Ele foi baleado, socorrido e levado ao Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN), ainda em Duque de Caxias, mas não resistiu.
O vigilante deixou a mulher e uma filha de 9 anos. A vítima trabalhava na refinaria há quase um ano e havia iniciado a faculdade de Gestão de Segurança Privada e Pública devido ao novo emprego.
"Ele era uma pessoa muito alegre e muito feliz. Raramente você o via chateado com alguma coisa, pessoa de bem com a vida, que encontrou seus caminhos de seguir adiante. Ele tinha comprado um carro zero. A primeira coisa que ele fez foi lá em casa com a mulher me mostrar a conquista. A profissão que ele estava foi eu que incentivei. Quando surgiu a oportunidade, ele me ligou e eu falei para aproveitar, mas infelizmente a gente não sabe o que vai acontecer futuramente. Ele gostava muito de trabalhar lá”, lamentou Francícero Aragão, irmão de Leonardo, na época.
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