Marinha inicia ocupação militar no Hospital Marcílio Dias e entornoPedro Teixeira/ Agência O DIA
Publicado 12/12/2024 08:06 | Atualizado 12/12/2024 14:02
Rio - A Marinha do Brasil iniciou, nesta quinta-feira (12), uma operação de segurança sem data para acabar no entorno do Hospital Naval Marcílio Dias (HNMD), no Lins de Vasconcelos, Zona Norte do Rio. O objetivo é garantir a segurança da tripulação e de usuários da unidade. Os fuzileiros realizam a ação ostensiva, 24 horas por dia, com oito veículos blindados no perímetro de até 1.320 metros da organização militar.
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O porta-voz da instituição, Dirlei Donizette Codo, explicou que 250 militares foram empregados na chamada "ação de presença". O Capitão de Mar e Guerra acrescentou que os fuzileiros poderão dar voz de prisão se houver flagrante de crimes durante os patrulhamentos.
"Ressalto que o hospital está funcionando normalmente. O propósito da nossa presença é essa: dar segurança. É fundamental a presença dos blindados para dar proteção aos militares. Estamos em coordenação com as polícias e com os órgãos de segurança. Em caso de flagrante, nós vamos atuar conforme o preconizado pela lei", declarou o porta-voz à imprensa na entrada do hospital.   
Na terça-feira, a Capitão de Mar e Guerra Médica Gisele Mendes Souza e Mello, de 55 anos, foi atingida com um tiro na cabeça pela manhã, quando estava na Escola de Saúde da Marinha. Ela chegou a ser levada para a sala de cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos. No momento do disparo, acontecia uma operação policial no Complexo do Lins.
O velório de Gisele será nesta quinta-feira no Caju, em cerimônia reservada a família, amigos e colegas. Durante o funeral, serão prestadas as honras fúnebres, conduzidas pela Marinha do Brasil.
A Polícia Civil informou que a Força Naval está responsável pelas investigações.
O domínio da facção criminosa Comando Vermelho no complexo de 16 favelas que se avizinha ao hospital causa insegurança e medo nos frequentadores e trabalhadores da unidade. Confrontos com a polícia e tiros são comuns, relataram servidores, pacientes e acompanhantes, em reportagem do DIA.
Durante a operação de terça-feira, policiais militares foram atacados no Morro do Gambá, localizado em uma das laterais do complexo hospitalar, confome informou a corporação.
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