Publicado 09/01/2025 09:39
Rio - A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) determinou trabalho remoto na manhã desta quinta-feira (9). A medida ocorre após a operação em Manguinhos, na Zona Norte, que deixou trabalhadores, alunos e frequentadores em meio ao fogo cruzado nesta quarta (8). Na ocasião, uma funcionária foi atingida por estilhaços. De acordo com a instituição, a produção de vacinas sofreu um impacto pontual, mas isso não afetará a distribuição.
PublicidadeO serviço de transporte Fiocruz Saudável, assim como dos ônibus coletivos que circulam até Triagem e Bonsucesso e os circulares, será suspenso. A Creche Fiocruz também estará fechada, assim como o Museu da Vida que suspendeu as visitações.
Apesar disso, os serviços essenciais serão mantidos normalmente. A equipe da Coordenação-Geral de Infraestrutura dos Campi (Cogic) está monitorando a situação. O policiamento está reforçado na região.
Operação deixou três mortos
A Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), a 21ª DP (Bonsucesso) e a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) realizaram uma ação na comunidade contra roubos e receptação de cargas, em mais uma etapa da Operação Torniquete. O objetivo foi enfraquecer o Comando Vermelho (CV) que controla a região, já que o dinheiro desses crimes financiam as atividades das organizações, disputas territoriais e garantem pagamentos a familiares de faccionados, detidos ou em liberdade.
De acordo com a Polícia Civil, ao chegarem na região, os agentes foram atacados a tiros e houve confronto. Relatos apontam que os disparos aconteceram nas favelas do Mandela 1, 2, Varginha e na Rua Leopoldo Bulhões. Os bandidos também incendiaram barricadas para atrapalhar as equipes.
A corporação informou que um dos gerentes do tráfico da comunidade do Mandela morreu e outros três suspeitos foram baleados, sendo que dois deles afundaram no Canal do Cunha e o terceiro foi socorrido e encaminhado a um hospital da região. O Corpo de Bombeiros encontrou os corpos dos dois criminosos que submergiram na água. Além destes, um homem foi detido em cumprimento a um mandado de prisão.
A corporação informou que um dos gerentes do tráfico da comunidade do Mandela morreu e outros três suspeitos foram baleados, sendo que dois deles afundaram no Canal do Cunha e o terceiro foi socorrido e encaminhado a um hospital da região. O Corpo de Bombeiros encontrou os corpos dos dois criminosos que submergiram na água. Além destes, um homem foi detido em cumprimento a um mandado de prisão.
Entre as apreensões da operação estão dois fuzis, duas pistolas, 4.730 unidades de lança-perfume, nove galões com lança-perfume, 2.650 pinos de cocaína, 390 pedras de crack, 110 papelotes de maconha, 31 tabletes de maconha e 40 papelotes de skunk.
Ainda em meio a operação, um drone flagrou a movimentação de criminosos andando próximo à fundação. O grupo estaria deixando o espaço após fugirem dos policiais.
Impactos
Ainda na terça-feira (8), o Museu da Vida Fiocruz, que recebe visitantes de várias escolas durante a semana, teve que interromper suas atividades. Os visitantes, entre adultos e crianças, tiveram que se abrigar em locais seguros até que pudessem ser conduzidos para fora da Fiocruz. Além disso, também houve impacto nos atendimentos realizados pelo Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (Ensp/Fiocruz), que tiveram que ser suspenso.
"A Fiocruz ainda avalia se houve impactos na produção de vacinas e insumos. Durante a troca de tiros entre os policiais que estavam no local e criminosos do outro lado da margem do rio, trabalhadores tiveram que ficar agachados ou deitados embaixo de suas mesas", disse a instituição em nota.
A instituição disse ainda que toda a ação da Polícia Civil ocorreu de forma arbitrária, sem autorização ou comunicação com a unidade, colocando trabalhadores e alunos em risco. Até o início da tarde, a operação continuava dentro da Fiocruz, com a orla do rio Faria-Timbó interditada. No período da tarde, a Avenida Leopoldo Bulhões também foi fechada nos dois sentidos, impossibilitando a saída de trabalhadores por aquela portaria.
O expediente foi encerrado às 13h30, ficando mantidos apenas os serviços essenciais. A saída dos trabalhadores ocorreu pela Portaria da Avenida Brasil. O horário de saída do Transporte Coletivo da Fiocruz foi antecipado para as 15h: foram 51 ônibus e 2.346 passageiros evacuados de forma emergencial.
A instituição disse ainda que toda a ação da Polícia Civil ocorreu de forma arbitrária, sem autorização ou comunicação com a unidade, colocando trabalhadores e alunos em risco. Até o início da tarde, a operação continuava dentro da Fiocruz, com a orla do rio Faria-Timbó interditada. No período da tarde, a Avenida Leopoldo Bulhões também foi fechada nos dois sentidos, impossibilitando a saída de trabalhadores por aquela portaria.
O expediente foi encerrado às 13h30, ficando mantidos apenas os serviços essenciais. A saída dos trabalhadores ocorreu pela Portaria da Avenida Brasil. O horário de saída do Transporte Coletivo da Fiocruz foi antecipado para as 15h: foram 51 ônibus e 2.346 passageiros evacuados de forma emergencial.
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