Gabriel Monteiro foi recebido por amigos e familiares ao deixar o presídio na noite desta sexta-feira (21) - Reprodução de vídeo
Gabriel Monteiro foi recebido por amigos e familiares ao deixar o presídio na noite desta sexta-feira (21)Reprodução de vídeo
Publicado 21/03/2025 19:07 | Atualizado 22/03/2025 14:54
Rio - O ex-vereador Gabriel Monteiro deixou o Complexo de Bangu 8, na Zona Oeste, por volta das 21h30, desta sexta-feira (22) e foi recebido por familiares e amigos, alguns deles com camisetas com sua foto e mensagens motivacionais. Ele estava preso desde 2022 por estuprar uma mulher após a saída de uma boate na Barra da Tijuca, na Zona Oeste.
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A determinação foi da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por unanimidade, que substituiu a prisão preventiva pelo cumprimento de medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica e proibição de contato a vítima. 
De acordo com a decisão, caberá a 34ª Vara Criminal da Capital fixar as medidas. O processo tramita em segredo de justiça.
Relembre o caso
Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público estadual (MPRJ) em 2022, Gabriel - que já havia perdido o mandato de vereador por quebra de decoro quando foi preso - forçou uma mulher a ter relações sexuais usando violência física (como tapas no rosto) e sem uso de preservativo após deixarem uma boate na Barra da Tijuca, Zona Oeste, em 15 de julho daquele ano. Um exame médico posteriormente comprovou que a vítima foi infectada pelo vírus do HPV, uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível) também conhecida como papilomavírus humano.
Ainda segundo a denúncia do MPRJ, Gabriel convidou a vítima e uma amiga dela para a casa de um amigo dele. Na residência, subiu com a mulher para um dos quartos e solicitou que a amiga os aguardasse.
No quarto, após a vítima, assustada, manifestar o desejo de sair, Gabriel trancou a porta, retirou uma arma da cintura e a passou no rosto dela, com o intuito de forçar uma relação sexual.
Já com a vítima sem as roupas, Gabriel a empurrou com força sobre a cama e iniciou a relação sexual fazendo uso de violência e sem preservativo, embora a jovem tivesse insistido pelo uso.
No fim de 2022, o TJRJ decretou a prisão preventiva de Gabriel Monteiro pelos crimes de violação sexual mediante fraude e assédio sexual contra seus ex-assessores.
Oito meses depois de ser preso, a Justiça do Rio o condenou por abuso de poder contra médico da UPA de Senador Camará, além de pagar uma indenização de R$ 20 mil ao profissional Hilmar Dias Ricardo, que trabalhava na unidade de saúde da Zona Oeste.
Já em dezembro do ano passado, foi condenado a um ano de detenção, mais o pagamento de 360 dias/multa, por infringir normas sanitárias durante a pandemia de covid-19 ao invadir um hospital. A sentença, proferida pela juíza Maria Tereza Donatti na última terça-feira, 17, foi revertida pela magistrada em prestação de serviços comunitários.
A reportagem tentou contato com a defesa de Gabriel Monteiro. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.
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