Publicado 16/06/2025 20:32 | Atualizado 16/06/2025 21:38
Rio - O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou, nesta segunda-feira (16), quatro criminosos do Comando Vermelho (CV) pela morte do policial civil João Pedro Marquini. O agente, lotado na Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), era casado com a juíza Tula Mello e foi vítima de um latrocínio, em março, na Zona Oeste.
PublicidadeWalace Andrade de Oliveira, Jefferson Rosa dos Reis, Alexandre Costa de Oliveira e Antônio Augusto d'Angelo da Fonseca vão responder por latrocínio consumado e por tentativa de latrocínio contra a juíza. O pedido feito por meio da 4ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Centro.
Além deles, outros 23 integrantes do CV que atuam na Ladeira dos Tabajaras, entre Copacabana e Botafogo, na Zona Sul, também foram denunciados pelo MP por tráfico e homicídios. A pedido do órgão, o Juízo da 17ª Vara Criminal da Capital deferiu 27 mandados de prisão.
Alguns destes mandados foram cumpridos durante uma ação da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) com a Core, nesta segunda-feira (16). A operação terminou com uma pessoa morta e outros seis presos. O clima foi de tensão na região após um intenso tiroteio.
Modus operandi
De acordo com as investigações, o grupo operava de maneira estruturada, com hierarquia definida, divisão de tarefas e uso de armamento pesado, incluindo fuzis e artefatos explosivos, para garantir o controle do território e a segurança dos pontos de venda de drogas. As ações criminosas ocorriam nas proximidades de creches, hospitais e áreas de lazer, colocando em risco a população local.
Entre os denunciados estão responsáveis pelo abastecimento e "controle de qualidade" das drogas, pela contabilidade do tráfico, segurança armada dos pontos de venda, logística e até "delivery" de entorpecentes. A atuação da organização envolvia, ainda, ataques a comunidades dominadas por milícias rivais.
De acordo com as investigações, o grupo operava de maneira estruturada, com hierarquia definida, divisão de tarefas e uso de armamento pesado, incluindo fuzis e artefatos explosivos, para garantir o controle do território e a segurança dos pontos de venda de drogas. As ações criminosas ocorriam nas proximidades de creches, hospitais e áreas de lazer, colocando em risco a população local.
Entre os denunciados estão responsáveis pelo abastecimento e "controle de qualidade" das drogas, pela contabilidade do tráfico, segurança armada dos pontos de venda, logística e até "delivery" de entorpecentes. A atuação da organização envolvia, ainda, ataques a comunidades dominadas por milícias rivais.
Relembre o crime
João Pedro era casado com a juíza Tula Mello. Em uma publicação nas redes sociais, a magistrada contou que ele agiu para salvá-la durante a tentativa de assalto na Serra da Grota Funda, em Vargem Grande, e não chegou a atirar contra os criminosos, antes de ser baleado com cinco tiros. O crime foi cometido com o uso de fuzis calibre 5.56 e teve como motivação a tentativa de fuga e ocultação de crimes praticados anteriormente na Zona Oeste, em confrontos com milicianos.
No momento do crime, a vítima estava em um veículo logo atrás da mulher, que também teve o carro atingido. O automóvel da juíza, que atua no III Tribunal do Júri, era blindado e ela não ficou ferida. Na sequência, os bandidos fugiram em direção à comunidade César Maia, em Vargem Pequena, região que vive uma disputa de território entre traficantes do Comando Vermelho e milicianos. Um veículo que teria sido usado pelos bandidos foi apreendido no local, com diversas marcas de tiros, além de vidros quebrados.
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