Criminosos são procurados na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabanafotos de Reginaldo Pimenta
Ação para prender envolvidos em morte de policial deixa um morto nos Tabajaras
João Pedro Marquini era casado com a juíza Tula Mello e foi vítima de latrocínio em março, na Zona Oeste. Operação ainda teve seis suspeitos presos
Rio - Uma ação da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) com a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) deixou ao menos um morto e outros seis presos, nesta segunda-feira (16). A operação tem como alvos suspeitos de envolvimento na morte do policial civil João Pedro Marquini. O agente era casado com a juíza Tula Mello e foi vítima de um latrocínio, em março, na Zona Oeste. A ação acontece na Ladeira dos Tabajaras, entre Copacabana e Botafogo, na Zona Sul, e provocou tiroteio na região.
Entre os crimes atribuídos aos investigados, está o latrocínio do policial civil, que era agente da Core. Os alvos atuam em uma organização criminosa responsável pela distribuição de drogas e controle territorial armado da comunidade. A região atualmente é controlada pelo Comando Vermelho e as investigações apontam que o grupo tem uma estrutura hierárquica, com funções divididas entre os gerentes, contadores e seguranças armados dos pontos de venda.
A reportagem do DIA esteve na comunidade, onde ao menos uma pessoa morreu baleada. Uma perícia foi realizada no local e, segundo a polícia, o suspeito morreu em uma troca de tiros. Outros seis foram presos. Por conta da movimentação policial, as ruas ficaram vazias. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que, até o momento, um Centro Municipal de Saúde suspendeu as atividades externas, como as visitas domiciliares. Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (SME) disse que as unidades escolares da região atendem presencialmente.
Em abril deste ano, equipes das especializadas já haviam atuado na comunidade, também para prender suspeitos do crime. Na ocasião, cinco morreram durante um confronto, sendo um deles Vinicius Kleber di Carlantonio Martins, o 'Cheio de Ódio', chefe do tráfico na região, e outros quatro foram presos. A operação desta segunda-feira cumpre mandados de prisão preventiva contra investigados por latrocínio e associação ao tráfico de drogas.
Entenda o caso
João Pedro era lotado na Coordenadoria de Recursos Especiais e casado com a juíza Tula Mello. Em uma publicação nas redes sociais, a magistrada contou que ele agiu para salvá-la durante a tentativa de assalto e não chegou a atirar contra os criminosos, antes de ser baleado com cinco tiros de fuzil. No momento do crime, a vítima estava em um veículo logo atrás da mulher, que também teve o carro atingido.
O automóvel da juíza, que atua no III Tribunal do Júri, era blindado e ela não ficou ferida. Na sequência, os bandidos fugiram em direção à comunidade César Maia, em Vargem Pequena, região que vive uma disputa de território entre traficantes do Comando Vermelho e milicianos. Um veículo que teria sido usado pelos bandidos foi apreendido no local, com diversas marcas de tiros, além de vidros quebrados.
*Colaborou Reginaldo Pimenta
























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