Publicado 09/12/2025 18:30 | Atualizado 09/12/2025 19:36
Rio - Seis dias após o incêndio que destruiu 28 lojas no Ceasa de Irajá, na Zona Norte, lojistas que tentam retomar as atividades convivem com forte mau cheiro, alimentos podres espalhados em boxes queimados e acúmulo de dejetos que se transformam em chorume. A situação tem causado mal-estar em trabalhadores e comerciantes que circulam pelo local. Veja as fotos!
PublicidadeA equipe do jornal O DIA esteve no Centro de Abastecimento na tarde desta terça-feira (9) e presenciou as condições insalubres. O odor de alimentos deteriorados era intenso e vinha principalmente das áreas queimadas, onde produtos estragados seguem armazenados bem próximos dos alimentos em bom estado.
Assista ao vídeo:
Um dos lojistas, que preferiu não se identificar, disse que muitos comerciantes possuíam mais de uma loja e têm operado provisoriamente nos espaços que não foram afetados pelas chamas. "Quem tinha outra loja está tentando se virar. Mas quem não tinha opção precisou fechar e demitir funcionários", afirmpou.
Ele afirmou ainda que a previsão de recuperação do espaço em seis meses preocupa os trabalhadores, que acreditam que a reconstrução pode levar ainda mais tempo. "O local continua insalubre. Ainda há foco de fogo e fumaça, mesmo com a diminuição nos últimos dias. A gente não vê sinais de recuperação rápida", desabafou o comerciante.
Os lojistas pedem por ações mais efetivas de limpeza, fiscalização e apoio para retomarem suas atividades com segurança. Eles afirmam que a Vigilância Sanitária sequer compareceu ao local após o incidente.
Bombeiros seguem em alerta
Uma viatura do Corpo de Bombeiros continua no pavilhão 43 do Ceasa monitorando possíveis focos de fumaça sob os escombros.
O incêndio aconteceu na madrugada do último dia 3. Informações iniciais apontam que o fogo teve início em uma loja de alimentos e se estendeu para estabelecimentos que vendem plásticos, papéis, bebidas e outros materiais altamente inflamáveis.
Dos 50 boxes da Ceasa, 28 foram atingidos. Apesar disso, o incêndio não comprometeu o fluxo de entrada e saída de produtos. O caso é investigado pela 27ª DP (Vicente de Carvalho).
O que diz a administração do Ceasa
A administração das Centrais de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro (Ceasa/RJ) diz que devido a gravidade do incêndio, o local permanece interditado pela Defesa Civil municipal, com restrições de segurança estruturais para a limpeza e a remoção de resíduos.
"A Ceasa/RJ também informa que o líquido observado no solo não é chorume, mas sim óleo proveniente de lojas e de caminhões atingidos pelo incêndio, e que sua remoção está sendo feita de forma contínua, conforme o trabalho de avança com segurança. A retirada é realizada diariamente com o uso de equipamentos como retroescavadeiras para acelerar o processo de limpeza pesada. Paralelamente, a brigada de incêndio da Ceasa/RJ permanece em funcionamento 24 horas, realizando o rescaldo e monitorando focos ainda ativos, o que explica a presença de fumaça e odor característico", informou a administração por meio de nota.
Ainda segundo o órgão, a segurança no entorno está reforçada com a presença de policiais do Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis) e de vigilantes da segurança privada.
"A Ceasa/RJ também informa que o líquido observado no solo não é chorume, mas sim óleo proveniente de lojas e de caminhões atingidos pelo incêndio, e que sua remoção está sendo feita de forma contínua, conforme o trabalho de avança com segurança. A retirada é realizada diariamente com o uso de equipamentos como retroescavadeiras para acelerar o processo de limpeza pesada. Paralelamente, a brigada de incêndio da Ceasa/RJ permanece em funcionamento 24 horas, realizando o rescaldo e monitorando focos ainda ativos, o que explica a presença de fumaça e odor característico", informou a administração por meio de nota.
Ainda segundo o órgão, a segurança no entorno está reforçada com a presença de policiais do Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis) e de vigilantes da segurança privada.
Questionado pela reportagem sobre ações efetivas no Ceasa de Irajá, o Instituto Municipal de Vigilância Sanitária (Ivisa-Rio) alega que não recebeu chamados via Central de Atendimento 1746 em relação às denúncias mencionadas. Leia a nota na íntegra abaixo.
A Comlurb também foi questionada sobre a realização de uma possível operação de limpeza no local, mas não retornou o contato.
Nota da Ivisa-Rio
"O Instituto Municipal de Vigilância Sanitária (Ivisa-Rio) desenvolve ações fiscalizadoras na central de abastecimento Ceasa-RJ a partir de chamados via Central de Atendimento 1746, ou em casos de solicitação de licenciamento sanitário na modalidade Registro de Estabelecimento de Produção Agropecuária (Repa), cuja concessão tem como pré-requisito a inspeção do estabelecimento.
O Ivisa-Rio não recebeu chamados via Central de Atendimento 1746 em relação às denúncias mencionadas. Vale ressaltar que a Ceasa é gerenciada pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, que, por sua vez, inspeciona estabelecimentos de sua competência."
O Ivisa-Rio não recebeu chamados via Central de Atendimento 1746 em relação às denúncias mencionadas. Vale ressaltar que a Ceasa é gerenciada pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, que, por sua vez, inspeciona estabelecimentos de sua competência."
*Colaborou Érica Martin
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