O malabarismo da fomeReprodução
Por Isabele Benito
Publicado 12/05/2021 00:00
Passando pela Avenida Abelardo Bueno, eu vejo o Emanuel... Esse menino que aparenta ter seus seis anos, pendurado nos ombros de seu pai.
Um menino muito bem cuidado, mas num sol daqueles de rachar o cucuruco.
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O pai dele, como mostra a foto, é infelizmente mais um desempregado, solto por algum canto desse Rio de Janeiro...
1 ano e 2 meses sem trabalho! Ou seja, desde que a pandemia começou.
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O pai preferiu ir pra rua vender balas do que aguardar auxílios, programas de assistência disso, daquilo, que no papel, na teoria são lindos, mas que não chegam ao bolso do trabalhador.
Isso é muito Brasil... É a gente achar que pode acreditar no "agora vai", mas na hora, não vai!
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E enquanto isso, falta arroz e feijão na mesa de pessoas como esse pai e de Emanuel.
É surreal, desumano saber que diante de uma pandemia e do desemprego, o povo ainda tenha que passar por isso.
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Ninguém percebe que a burocracia emperra a vida das pessoas?! A gente sabe que os benefícios já foram aprovados, mas agora precisa agilizar!
Não adianta lançar um "Supera Rio", um "Auxílio Carioca", se ele não for pra hoje... Pra hoje não, tem que ser pra ontem!
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O que enche barriga e tira o povo da rua não é notícia! E sim ter o direito de poder sacar, comprar e colocar comida no prato.
3,2,1... É DEDO NA CARA!
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PINGO NO I
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TÁ FEIO!
Tá feio. Coluna Isabele BenitoFOTO DO LEITOR
Olha que maravilha o transporte de qualidade (só que não) que agora cobra R$ 5,80!
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A foto foi feita pelo leitor Mateus Campos, que mora em Del Castilho e pega o metrô todos os dias até a estação Cardeal Arcoverde.
"É um serviço péssimo, chega a ser ridículo. Já não basta a quantidade de gente amontoada nos vagões, agora tem que andar com o teto quase despencando na cabeça", conta Mateus.
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É... Aqui no Rio as coisas já saíram dos trilhos faz tempo, só não vê quem não quer.
Por isso, se você me perguntou se tá feio ou tá bonito... É muito deboche com o povo, e tenho dito.
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