Publicado 21/07/2021 00:00 | Atualizado 21/07/2021 12:54
"Ele não pode trabalhar, e eu e minha filha tivemos que largar nossos empregos para cuidar dele. Só Deus sabe como a gente vive."
Quem me contou esse drama foi a Dona Luiza Andreza Correia, moradora da Cacuia, em Nova Iguaçu.
Desde o ano passado, ela e a filha Cristiane lutam para conseguir o benefício do INSS para o Seu Antônio, marido e pai, que está acamado por causa de um infarto, de um AVC e de um traumatismo craniano, que se deu por um tombo.
Eles até chegaram a receber a visita de um perito que confirmou a invalidez e o aposentou, mas cadê que o benefício chegou?
O que interessa mesmo, o dinheiro, que é dele por direito, até agora ninguém viu!
"A empresa em que ele trabalhava paga todo o custo do homecare, mas a gente tem outras despesas, como a traqueostomia e a sonda GTT, e esse dinheiro faz muita falta", conta Luiza.
A família de Seu Antônio está vivendo graças a doações de amigos, da igreja e do auxílio emergencial de 150 reais...É com isso que eles estão vivendo, se alimentando, sobrevivendo!
É covardia que não acaba mais...
Que me perdoem o termo, mas é uma merreca de serviço prestado! Mais de 1 ano, com exames que comprovam, visita de perito e a situação não sai dessa análise.
Nem a procuração que Dona Luiza enviou em janeiro eles aprovaram... E a gente já vai pra agosto!
Qual será a desculpa? Ah, já sei... Vai ser a pandemia!
Mas, de qualquer forma, a gente foi atrás. Em nota, o INSS informou que o benefício do Sr. Antonio Vicente Correia está sendo reativado e que nos próximos dias estará concluído.
"O segurado deve acompanhar o andamento através dos nossos canais remotos, Meu INSS ou central telefônica 135, que funciona de segunda a sábado, de 7h às 22h".
TÁ FEIO!
Chegando para mais um dia de trabalho, o porteiro Seu Luiz me avisou: "Tem uma senhora aí querendo falar com você, mas eu não entendi nada do que ela falou."
Era a Dona Aracely Navarro Bayona, que há dois anos saiu da Venezuela para tentar uma vida melhor aqui no Brasil.
Morando próximo à passarela 2 da Avenida Brasil, ela saiu de casa e foi andando até à rádio para me pedir socorro. Aracely trabalha vendendo salgados e precisa pagar exames caros para os olhos, como um eletroretinograma.
"Eu já consegui juntar uma parte, mas com o pouco que consigo ganhar, eu pago minhas contas e meu aluguel", disse ela.
Ela ainda nem fala o português direito, mas precisa muito de qualquer apoio!
Se pro brasileiro, nascido aqui, com todos os direitos, conseguir qualquer simples exame de sangue já é uma peregrinação, imagina para uma estrangeira? Ainda mais vindo de um país com tantas dificuldades sociais e econômicas como a Venezuela.
Bora ajudar? Quem puder colaborar para que ela possa fazer os exames, o telefone é: (21) 99007-1348
Se você me perguntou se tá feio ou tá bonito... A corrente do bem abraça a todos, e tenho dito.
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