Plenária virtual fortaleceu as atividades que ocorrerão no próximo dia 18, dia de luta em defesa da educaçãoReprodução/internet
Publicado 10/08/2021 08:52
SÃO GONÇALO - Servidores, Docentes e Técnicos, estudantes e pais vinculados à escola básica e a universidades públicas de São Gonçalo, Niterói e Itaboraí se reuniram em plenária, por meio virtual, para debaterem a necessidade de fortalecer as atividades que ocorrerão no próximo dia 18, dia de luta em defesa da educação. Os participantes levantaram as preocupações com os problemas trazidos pela nova Base Nacional Curricular Comum (BNCC) e pela Reforma Administrativa (PEC 32), que tramita no Congresso Nacional. Eles aprovaram um Manifesto contra a aceleração da destruição da educação de qualidade, pública e gratuita.
Durante a reunião, ainda, foi denunciado que a reforma da educação, via nova BNCC, proporcionará grandes prejuízos aos alunos das escolas públicas, pois disciplinas como História, Educação Física, Arte, Geografia, Sociologia e Filosofia deixam de ser obrigatórias, além de estabelecer que pessoas com “notório saber” possam dar aulas em matérias como Português e Matemática, mesmo sem formação de professor específica.
Publicidade
Outro ponto bastante questionado foi o da Reforma Administrativa, que busca, entre outras questões, acabar com a estabilidade do servidor público e pôr fim aos concursos. Isso, para os participantes da plenária, proporcionará que políticos indiquem “apadrinhados” para os postos de trabalho e estes, por sua vez, tenham compromisso com o político que o colocou no cargo e não com a prestação de serviços à população.
“A reforma na educação e a reforma administrativa só trazem prejuízos, principalmente para os mais pobres. Por exemplo, com a nova BNCC, enquanto escolas particulares, que atendem os setores mais ricos de nossa sociedade, ofertarão as disciplinas de Arte, História, Sociologia, Filosofia, as escolas públicas não oferecerão essas matérias e, na hora de buscar uma universidade pública, a maioria por meio do Enem, quem estará melhor preparado? Educação não pode se pautar por privilégios, ela tem de ser comum a todos, pública, gratuita e de qualidade. E o mesmo ocorre com a reforma administrativa (PEC 32). Extinguir os concursos e a estabilidade do servidor público fará proliferar casos como o que ficou, recentemente, conhecido como 'Guardiões do Crivella'. Quem ocupar os postos de trabalho vai ser obediente ao político que o indicar. Vale lembrar que o funcionário do Ministério da Saúde que denunciou o possível caso de corrupção na compra de vacinas contra a Covid-19 valeu-se de sua estabilidade de servidor público para fazer a denúncia. Se ele fosse um indicado de algum político, ele teria denunciado?”, argumentou a educadora Danielle Bornia, concursada atuante em uma escola da Rede Municipal de Educação de Niterói.
Leia mais