Diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel GalípoloPedro França/Agência Senado

Diante de questionamentos no mercado sobre o compromisso com a meta dos indicados pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, ressaltou nesta quarta-feira (15) que é uma obrigação manter os juros em patamar restritivo pelo tempo necessário para a convergência da inflação.
Em evento do 'Valor Econômico', em Nova York, Galípolo explicou que seu voto por um corte maior dos juros na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) foi motivado pelo custo de abandonar a sinalização, comunicada no encontro anterior, de seguir reduzindo a Selic em 0,50 ponto percentual.
Ele argumentou que os tempos são diferentes entre os diretores que estão chegando ao BC, e precisam ganhar credibilidade, e os que já estavam na autarquia há mais tempo, incluindo o presidente Roberto Campos Neto, que têm a credibilidade construída.
"Os tempos são diferentes", disse Galípolo, sustentando que quebrar o guidance poderia gerar desconfiança em relação aos novos diretores do BC.