Daniel Alves Arquivo / Uilses Ruiz / AFP

São Paulo - Vivendo em liberdade provisória na Itália enquanto aguarda o julgamento dos recursos no processo em que foi condenado por estupro, Daniel Alves é alvo de uma ação por uma dívida de aluguel em São Paulo. A Justiça paulista tenta citar o jogador no processo desde o fim do ano passado. A informação foi dada inicialmente pelo "UOL".
A dívida é cobrada por uma idosa de 75 anos e tem o valor de aproximadamente R$ 83,2 mil. O aluguel é referente a um imóvel comercial no bairro dos Jardins, em São Paulo, e começou quando o lateral jogava pelo São Paulo.
Preso preventivamente em janeiro de 2023, Daniel parou de pagar o aluguel em março daquele ano. Em novembro, a juíza Marcela Martiniano, da 25ª Vara Cível de São Paulo, determinou o envio à Espanha de uma carta rogatória (instrumento para a comunicação entre as Justiças de países diferentes). Na época, o pedido era para que o jogador fosse citado sobre a cobrança na penitenciária onde estava preso, em Barcelona, o que não aconteceu.
A juíza também chegou a determinar, posteriormente, que uma procuradora de Daniel fosse citada por correspondência, mas ela não foi encontrada no endereço. Recentemente, foi pedido uma nova tentativa, desta vez via oficial de Justiça.

Condenação por estupro

O Tribunal de Justiça de Barcelona anunciou no dia 22 de fevereiro a condenação de Daniel Alves a quatro anos e meio de prisão, por considerar que foi "comprovado o estupro", e também determinou uma ordem de restrição para que ele não se aproxime da vítima por nove anos. Ele também terá que pagar uma indenização de 150 mil euros (pouco mais de R$ 800 mil).
No dia 25 de março, Daniel deixou a prisão após conseguir o direito de liberdade provisória. Para isso, ele precisou pagar fiança de 1 milhão de euros (R$ 5,4 milhões) e entregar seus passaportes para garantir que não deixará a Espanha.
Após a condenação no Tribunal de Barcelona, o caso de Daniel Alves ainda será avaliado pelo Superior Tribunal da Justiça da Catalunha. Ambas as partes poderão recorrer ao Tribunal Supremo de Madri, órgão máximo da Justiça espanhola. Por isso, a liberdade provisória não significa que ele foi absolvido, mas apenas poderá aguardar o trânsito em julgado fora da prisão. A advogada da vítima classificou a decisão como "escândalo" e prometeu recorrer.