Renato Machado, deputado estadual Divulgação

Faz tempo que me preocupo com as alterações do clima e com a preservação ambiental. Com especialização em Gestão Pública e Meio Ambiente, pude contribuir para a melhoria do nosso Estado e, consequentemente, do planeta. Esse conhecimento me permitiu contribuir para o desenvolvimento sustentável de Maricá, Rio de Janeiro.

Como secretário de Obras, colaborei na transformação da cidade, com a implantação, por exemplo, de um sistema eficiente de drenagem de águas pluviais, evitando e resolvendo o problema com alagamentos em várias ruas do município. A secretaria virou a Somar, autarquia de Obras, que instituiu outros programas.

Na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ) presido a Comissão de Assuntos Municipais e de Desenvolvimento Regional. E integro as Comissões de Saneamento Ambiental, de Minas e Energia e de Obras Públicas, importantes órgãos de discussão e apreciação de proposições para a sociedade fluminense e para a natureza.

Apresentei o projeto que obriga a instalação de pontos de cargas e abastecimento de baterias elétricas para automóveis, ciclomotores, patinetes ou similares na construção de novas edificações públicas, tentando frear as emissões de gases nocivos à natureza. Apresentei também o projeto que dispõe sobre a destinação do material fresado de rodovias sob gestão do Estado para incentivar a preservação ambiental, assim como a reutilização e reciclagem de materiais das obras de pavimentação.

Existe também o projeto de lei que proíbe o descarte de concreto e dejetos em áreas públicas, ambientais e em suas proximidades, e a indicação legislativa, já aprovada pela ALERJ, solicitando ao Governo do Estado a criação de uma Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente no município de Maricá. Uma cidade que vem crescendo muito e onde há violações da lei ambiental no ecossistema local.

Assim como em várias partes do país, Maricá registrou ocorrências de chuvas e ventos fortes nos últimos anos. Tais eventos climáticos atingiram a cidade, mas devido às ações proativas da prefeitura, não houve maiores danos.

A administração trabalhou rapidamente na contenção de encostas, desobstruiu as vias e liberou Auxílio Recomeço, para os moradores e estabelecimentos comerciais que foram afetados. Além do Programa de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais, há o Projeto Mumbuca Verde, plataforma inovadora de economia verde para empresas e pessoas físicas, ajudando no desenvolvimento socioeconômico, ambiental e sustentável, e o Lagoa Viva, sobre a revitalização das lagoas do município.
Vale destacar ainda o trabalho do Centro de Operações de Maricá e da Defesa Civil do Município, com suas sirenes e as 31 estações meteorológicas, hidrológicas e geológicas. E o da secretaria de Cidade Sustentável, que realizou 451 operações no ano passado, com a retirada de 176 construções ilegais, incluindo as que estão em áreas de preservação ambiental.
A posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando eleito, foi a de recompor o Ministério do Meio Ambiente, retornando com Marina Silva para comandar a pasta e com as autarquias e secretarias. O objetivo era o de retomar o protagonismo do Brasil na defesa ambiental, melhorando a imagem do país no cenário internacional. A questão climática norteou o governo e agora foi intensificada com a tragédia no Sul. A administração federal está prorrogando recolhimento de tributos e do Simples Nacional, liberando recursos para várias áreas. Também está fornecendo auxílio de R$ 5.100,00 para ajudar as famílias que estão em municípios de calamidade pública e emergência, entre outras ações.

Na tragédia do Sul, nos reunimos e fomos aos municípios de Lajeado, Roca Sales e Muçum, no Rio Grande, entregar os donativos que arrecadamos e muita solidariedade.

A calamidade no Rio Grande do Sul serve de alerta e de conscientização sobre a urgência de preservar o meio ambiente. Precisamos mudar o presente para garantir um futuro melhor.

* Renato Machado é deputado estadual (PT)