No Santos Dumont, os manifestantes ficaram apenas alguns minutos No momento seguem de volta às proximidades da Alerj. A caminhada não está sendo acompanhada pela polícia, que se mantém concentrada na assembleia e suas imediações. O movimento se mantém pacífico e desde as 10h, quando a mobilização começou, não foram registrados incidentes.
A passeata é puxada por bombeiros, que são a maioria dos participantes, mas também há professores e servidores de outras áreas. O número de manifestantes não foi estimado pelos organizadores, tampouco pela PM. O objetivo do ato, segundo os bombeiros, é "parar o centro" e mostrar a força da mobilização popular contra o pacote do governo do Estado aos deputados e ao governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), autor de pacote de medidas e principal alvo do protesto. "Fora Pezão, ladrão", gritam os manifestantes, que não se deixam abater pelo forte calor que faz na cidade nesta segunda-feira.
Servidores acampam na frente da Alerj
Servidores que protestam em frente à Alerj contra o pacote anticrise do governo, em votação na Casa, decidiram montar um acampamento diante da escadaria do Palácio Tiradentes, sede da Assembleia, no centro da cidade. Eles prometem permanecer no local, pelo menos, até quarta-feira, 14, quando serão analisados os dois projetos que mais penalizam os funcionários do Estado: o aumento da contribuição previdenciária de ativos, inativos e pensionistas de 11% para 14% e o congelamento dos salários até 2020.
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"Não sabemos quantos servidores terão disponibilidade (para acampar), pois muitos estão passando necessidade. Essa é uma forma eficaz de fazer pressão na Alerj e no governo. Em 2011, ficamos 49 dias acampados aqui e conseguimos manter nossos direitos", disse uma das lideranças da categoria Mesac Eflaim.
"O governo não pode fazer o que quer sem que a gente ofereça resistência. Vale o sacrifício. Meu único medo é a polícia vir aqui e nos reprimir", afirmou a professora Gabriela Ferreira, servidora do Estado há 18 anos.
No centro da cidade, ruas de grande circulação no entorno do Palácio Tiradentes - Presidente Antônio Carlos, Primeiro de Março e Assembleia - estão fechadas para o tráfego de veículos, o que está causando confusão no trânsito em diversos pontos da região. Não haverá votação hoje, ainda assim, os manifestantes não pretendem deixar a frente da Alerj. O número de participantes da manifestação não foi estimado pelos organizadores e pela polícia.
O objetivo da manifestação é "trancar o Centro do Rio", segundo participantes. A maioria dos ativistas que se concentrava na Alerj aderiu à caminhada, feita sob gritos de "fora, (governador Luiz Fernando) Pezão", "o bombeiro voltou" e "vem para a rua, vem". A Polícia Militar permaneceu de guarda junto à Alerj e não acompanhava a caminhada.