Por thiago.antunes

Rio - Presidente da Assembleia Legislativa, Jorge Picciani (PMDB) está com câncer. Ele tem consulta agendada quinta-feira com um oncologista para tratar um tumor de 15 milímetros na bexiga.

O presidente da Alerj%2C Jorge Picciani%2C está com câncer na bexigaAgência Brasil

Nos bastidores da Alerj, comenta-se que ele deve se licenciar do cargo para iniciar tratamento.

Nota oficial da Assembleia Legislativa

"Os médicos do presidente da Casa, Jorge Picciani, identificaram um pequeno tumor, de cerca de 15 milímetros, na bexiga do deputado, mesmo órgão onde ele teve um câncer, no fim de 2010, e do qual estava curado.

Ele fará exames mais conclusivos na quinta-feira (06/04), quando daremos mais detalhes de quando será feita a cirurgia e o tempo que ele precisará ficar de licença."

Conduzido coercitivamente

Antes de ser diagnosticado com a doença, Picciani se pronunciou na última quinta-feira sobre sua condução coercitiva. "Não tenho medo de insinuação de delator", afirmou. O presidente da Casa negou ter atuado de forma irregular, conforme disse Jonas Lopes em delação premiada ao Ministério Público Federal.

A delação do ex-presidente do TCE (Tribunal de Contas do Estado) desencadeou a operação "O Quinto do Ouro" que prendeu cinco conselheiros do tribunal. Picciani foi uma das 17 pessoas conduzidas coercitivamente à sede da Polícia Federal para depor.

Em um discurso de 23 minutos, Picciani falou sobre três questões abordadas pela Procuradoria Geral da República. Explicou a tramitação dos fundos especiais na Alerj; supostas irregularidades no repasse dos fundos para o pagamento de alimentação de presos; e sua relação com a Fetranspor.

"Nada temia, nada temo e não tenho porque temer insinuação de delator. Que fizessem as perguntas que eu responderia", disse Picciani. O presidente da Alerj disse que não teve acesso ainda ao inquérito, que corre sob sigilo, mas apontou o que Lopes teria dito sobre a participação dele no esquema criminoso.

"Delator confessa que cobrou 15% e distribuiu aos conselheiros. A ilação é que eu teria facilitado. De que forma? Estou à vontade para fazer acareação com qualquer uma das empresas que tenham dito isso", afirmou.

Picciani insinuou que Lopes tenha uma aliança com o ex-governador ex-governador Anthony Garotinho, seu desafeto."Esse senhor (Jonas Lopes) é aliado e corre risco de sua delação cair. Ele é aliado do meu maior detrator na política, de quem não vou dizer o nome. Não recebi (propina) e não há como provar que recebi", disse.

O peemedebista disse ainda que a procuradoria lhe perguntou sobre sua relação com o presidente da Fentranspor. Ele respondeu que que exerce apenas influência política sobre seus aliados.

"A questão do subsidio do Bilhete Único não me foi perguntada, mas está na imprensa. Mas eu esclareço que a votação do veto do executivo eu colocarei na pauta na próxima semana", disse. O discurso foi acompanhado por apoiadores políticos que, por duas vezes o aplaudiram.

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