Rio - Uma das vítimas do acidente com o carro alegórico da Paraíso do Tuiuti morreu na manhã deste sábado. Conhecida entre os colegas de profissão como Liza Carioca, a radialista Elizabeth Ferreira Jofre foi uma das 23 pessoas atropeladas durante o desfile da escola de samba na Sapucaí, no dia 27 de fevereiro.
A profissional estava internada no Hospital Quinta D'Or desde a última terça-feira, quando teve seu estado de saúde agravado. Segundo relato da própria filha, a jornalista, que aparentava estar bem, teve uma "piora repentina" e um o quadro de anemia confirmado pelos médicos.
A Tuiuti emitiu uma nota lamentando a morte da radialista. “Profundamente consternada com o falecimento da senhora Elisabeth Jofre, a diretoria do Grêmio Recreativo Escola de Samba Paraíso do Tuiuti lamenta o ocorrido e presta as mais sinceras condolências aos familiares e amigos".
Além da agremiação, a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), a Portela e a Estácio de Sá emitiram nota de pesar. O prefeito Marcelo Crivella também prestou solidariedade à família da vítima. "Presto minha solidariedade à família e aos amigos de Elizabeth e agradeço publicamente todos os profissionais de saúde que lutaram para salvar sua vida", completou.
Envolvidos em acidente da Tuiuti podem pegar até dois anos de prisão
A delegada titular da 6ª DP (Cidade Nova), Maria Aparecida Mallet informou que os quatro indiciados por causa do acidente com o abre-alas da Paraíso do Tuiuti podem pegar de seis meses a dois anos de prisão e ainda perder a carteira de habilitação.
O diretor de Carnaval, Leandro Azevedo, o motorista Francisco de Assis Lopes, o engenheiro Edson Andrade e o diretor de alegoria, Jaime Benevides, irão responder por lesão corporal por atrolepamento.
Para a delegada, Leandro Azevedo não forneceu guias externas, rádio transmissor e nenhum equipamento necessário para o condutor dirigir com segurança. "Em decorrência da negligência e imperícia houve o acidente. Faltou cuidado, o que causou comoção social e vitimou dezenas de pessoas", declarou Maria Aparecida.
Ainda segundo ela, o motorista deveria ter informado o acoplamento que tirou sua visão ao entrar na Avenida, ou ter parado imediatamente de dirigir. De acordo com a delegada, o diretor de alegoria, Jaime Benevides, teria instigado o condutor a continuar mesmo sem visão.
Já o engenheiro, Edson Andrade, teria banalizado a segurança, segundo Maria Aparecida. "Quando o carro foi planejado, ele foi executado sem considerar a visão do condutor. Ele banalizou a segurança", afirmou.