Rio - A delegada titular da 6ª DP (Cidade Nova), Maria Aparecida Mallet informou, na tarde desta quarta-feira, que os quatro indiciados por causa do acidente com o abre-alas da Paraíso do Tuiuti podem pegar de seis meses a dois anos de prisão e ainda perder a carteira de habilitação.
O diretor de Carnaval, Leandro Azevedo, o motorista Francisco de Assis Lopes, o engenheiro Edson Andrade e o diretor de alegoria, Jaime Benevides, irão responder por lesão corporal por atrolepamento. No domingo de Carnaval, primeiro dia de desfiles na Sapucaí, o carro alegórico da escola perdeu o controle próximo ao setor 1 e atropelou 20 pessoas.
Para a delegada, Leandro Azevedo não forneceu guias externas, rádio transmissor e nenhum equipamento necessário para o condutor dirigir com segurança. "Em decorrência da negligência e imperícia houve o acidente. Faltou cuidado, o que causou comoção social e vitimou dezenas de pessoas", declarou Maria Aparecida.
Ainda segundo ela, o motorista deveria ter informado o acoplamento que tirou sua visão ao entrar na Avenida, ou ter parado imediatamente de dirigir. De acordo com a delegada, o diretor de alegoria, Jaime Benevides, teria instigado o condutor a continuar mesmo sem visão.
Já o engenheiro, Edson Andrade, teria banalizado a segurança, segundo Maria Aparecida. "Quando o carro foi planejado, ele foi executado sem considerar a visão do condutor. Ele banalizou a segurança", afirmou.
O inquérito está na mãos do Ministério Público e será encaminhado para a Justiça.
Reportagem da estagiária Alessandra Monnerat