Rio - O motorista do carro alegórico da Paraíso da Tuiuti que bateu na Sapucaí e feriu 20 pessoas, deve ser indiciado pelo crime de lesão corporal culposa, de acordo com a delegada da 6ª DP (Cidade Nova), Maria Aparecia Mallet.
No entanto, a delegada não descarta a hipótese de indiciar somente Francisco de Assis Lopes, de 53 anos. "Estamos investigando todos os componentes. Provavelmente não será apenas o motorista", revelou Maria Aparecia.
Ela disse ainda que não pode tomar a decisão antes do laudo, que é uma das provas que compõem o processo. O documento sairá até o dia 13 de março.
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A Polícia Civil pediu ao engenheiro Edson Marcos Gaspar de Andrade, responsável pelo carro do Paraíso do Tuiuti, todos os relatórios de execução do projeto e vistoria em um prazo de até 24 horas.
Na manhã desta sexta-feira, o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Jorge Castanheira, também esteve na unidade. Ele chegou às 11h40 e ficou cerca de duas horas depondo. Na ocasião, Castanheira rechaçou a tese da escola de que a pintura na pista teria a ver com o acidente.
"A tinta que usamos é a mesma de todos anos, houve um problema técnico ou imperícia", afirmou o presidente que prometeu entregar à delegada as notas fiscais das tintas. Sobre nenhuma escola ser penalizada, Castanheira foi categórico. "Como o nome diz, foi um acidente e não há penalizações sobre acidente", ressaltou ele.
O presidente da Liesa ainda ressaltou que em todo em seu tempo de Carnaval, nunca tinha visto nada parecido com o acidente da Paraíso do Tuiuti. "Para quem tem mais de 30 anos de Avenida foi o acidente mais grave, foi algo inédito para nós. A Liesa vai buscar medidas seguranças, além de ouvir mais o Crea e especialistas", afirmou ele. Uma das medidas que já será adotada, segundo Castanheira, é trazer o motorista fantasiado na alegoria para que ele tenha um campo de visão maior.
Reportagem da estagiária Alessandra Monnerat