Por thiago.antunes

Rio - O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio (Cremerj) entregou ontem, ao ministro da Saúde, Ricardo Barros, um manifesto dos representantes dos hospitais federais do Rio, que têm sofrido com a falta de profissionais e recursos pata atender a população.

Segundo o Cremerj, o governo não tem feito a reposição de médicos, que deixam as unidades após o vencimento de contratos temporários e por aposentadorias. Só no segundo semestre deste ano, está prevista a perda de 600 profissionais de saúde, sendo 262 médicos, segundo o presidente do Cremerj, Nelson Nahon.

Hospital Federal de Bonsucesso é uma das unidades sem recursosGoogle Maps

“O ministro não nos deu soluções sobre a reposição de profissionais e insiste em dizer que a reestruturação da rede (que já foi anunciada pelo Ministério) resolverá os problemas, mas sabemos que essa resposta não condiz com a realidade”, alerta Nahon.

A precariedade do atendimento é apontada também por pacientes. No Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), pacientes reclamavam ontem que apenas um aparelho de raio-x estava funcionando. A unidade, segundo informações de usuários, dispõe de três equipamentos para realizar este tipo de exame, mas dois estão quebrados.

Um paciente, que não quis se identificar, disse que chegou às 7h da manhã na unidade, mas só conseguiu realizar o raio-x por volta do meio dia. O HFB informou que, na manhã de ontem, houve uma falha no sistema de impressão de Raios-x, que foi corrigida e o atendimento normalizado no final da manhã.

Na rede estadual, a situação também é ruim, devido à crise financeira. No Hospital Estadual Getúlio Vargas, o aposentado Osmar Rosendo, de 68 anos, reclama da demora em marcar atendimento. Ele passou recentemente por cirurgia no joelho e só conseguiu agendar revisão no dia 27. “O atendimento aqui sempre foi bom, mas, com a crise, ficou precário. Faltam médicos”, desabafou.

Com o estagiário Matheus Ambrosio, sob supervisão do repórter

Você pode gostar