Por adriano.araujo

Rio - A publicação de decreto presidencial em edição extraordinária do Diário Oficial deu início nesta sexta-feira à operação de tropas federais para combater a escalada de violência generalizada que se abateu sobre o Rio de Janeiro. Ao todo, serão 8.500 homens das Forças Armadas em operação conjunta com 620 da Força Nacional, 380 da Polícia Rodoviária Federal e 740 locais.

O ministro da Defesa Raul Jungman, em reunião do Comando Militar do Leste, anunciou o começo da operação para garantia da lei e da ordem e reafirmou que o objetivo da ação integrada é combater o crime com uso de inteligência. 

A movimentação das tropas começou  às 14 horas. Tropas do Exército foram vistas no Arco Metropolitano, na Avenida Brasil, na saída da Ponte Rio-Niterói, na Linha Vermelha, na Ilha do Governador e em São Gonçalo. 

Os ministros da Defesa%2C Raul Jungmann%2C e da Justiça, Torquato Jardim, em entrevista coletiva no Comando Militar do LesteReprodução TV Globo

"A operação não dará resultados extraordinários do dia para a noite. Não teremos mágica, teremos trabalho duro", disse o ministro Raul Jungmann.

Segundo Jungman, a operação das forças de segurança será concentrada em ações de inteligência da polícia e seguirá o modelo usado nas Olimpíadas, de integração entre forças de segurança locais e federais.

Garantia da lei e da ordem

O presidente Michel Temer autorizou o emprego das Forças Armadas para a "Garantia da Lei e da Ordem no Estado do Rio de Janeiro". O decreto presidencial foi publicado nesta sexta-feira em edição extraordinária do Diário Oficial da União (DOU). As equipes ficarão no Estado a partir de hoje até o dia 31 de dezembro deste ano.

"O emprego das Forças Armadas será precedido de aprovação do planejamento de cada operação pelos ministros de Estado da Justiça e Segurança Pública, da Defesa e Chefe do Gabinete de Segurança Institucional", diz o texto.

Nesta sexta-feira, o governador do Estado, Luiz Fernando Pezão, teve um reunião com os ministros da Defesa, Raul Jungmann, e da Justiça, Torquato Jardim, no Palácio Guanabara para discutir medidas de combate à onda de violência no Estado.


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