Secretaria de Educação de Caxias cria projeto contra o racismoDivulgação

Duque de Caxias - A Rede Municipal de Ensino de Duque de Caxias tem trabalhado o tema antirracismo com alunos do 6º ao 9º Ano de Escolaridade, através de um diálogo aberto, didático e necessário. A iniciativa partiu da Coordenadoria de Ensino Fundamental Anos Finais (CEF ll) ao dar visibilidade à oficina “Leitura em Dialogo – Antirracismo”, ministrada pela professora de Língua Portuguesa da rede, Fabiana Brandão.

A ação começou a percorrer as escolas no início do mês de abril e ficará até o final de maio. Atualmente, são 12 unidades inscritas no programa que, nos próximos meses, abordará outros temas, como Circuito de Emoções e Respeito às Diversidades.
“Fomentar a leitura, a literatura e o diálogo com assuntos atuais e relevantes é fundamental. Vamos levar os alunos a refletirem suas ações no cotidiano escolar”, destacou Vilma Soares, responsável pela CEF ll.

De acordo com Vilma, trabalhar o tema antirracismo na oficina é uma estratégia para agregar a um outro projeto.
“Estamos finalizando um documento com as ações e proposições pedagógicas apresentadas por nossos professores do 2º segmento sobre esse tema para serem implementadas nas escolas”, pontuou Soares.

Na oficina "Leitura em Diálogo", em meio a uma aula dinâmica e criativa, a professora dialoga com os alunos sobre textos antirracistas, poemas de Conceição Evaristo, imagens de autoidentificação a partir de obras de um artista plástico, música e vídeo educativo, entre outras metodologias, de acordo com a turma.

“O que eu trago aqui é o letramento racial, sem radicalismo. Explico de maneira que o aluno possa entender e aproveitar os saberes que ele tem para se apropriar da sua cultura, da sua cor, da sua beleza, da sua diferença. O objetivo é promover não só a conscientização, mas formas de combate ao racismo”, explicou a professora Fabiana Brandão.

Na E.M Brasília, por exemplo, os alunos participaram ativamente. Eles relataram vivências e até se emocionaram.
“Todo mundo é igual, só muda o cabelo, mas o sangue é vermelho”, disse Laysla Beatriz Santos, de 11 anos. Já Clara Germano, de também 11 anos, afirmou que não se importa com a opinião alheia. “A minha autoestima é o meu cabelo. Não ligo para o que os outros falam”, acrescentou a estudante.