Postos reclamam da retenção de descontos dados às distribuidoras
Postos reclamam da retenção de descontos dados às distribuidoras Márcio Mercante / Agência O Dia
Por MAX LEONE
Os donos de automóveis e as donas de casa que usam gás de cozinha no Município do Rio já amargaram pesados aumentos de preços em um ano. Entre dezembro de 2016 e o mesmo mês deste ano, o valor médio do litro da gasolina nos postos da cidade subiu 11,38%. Já o botijão de 13 quilos de GLP teve alta média de preços de 18,63%, no mesmo período segundo dados da pesquisa da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Em comparação com a inflação oficial, os dois produtos ficaram bem mais caros para o consumidor. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos últimos 12 meses terminados em novembro foi de apenas 2,80%.
Os preços ficaram mais salgados com a entrada em vigor da política de correção dos valores da gasolina implementada pela Petrobras em julho deste ano nas refinarias. Desde então, os preços estão sendo alterados, em algumas ocasiões, de um dia para o outro. A estatal argumenta que a ideia é repassar com maior frequência as flutuações do câmbio, do petróleo e, com isso, permitir "maior aderência dos preços do mercado doméstico ao mercado internacional no curto prazo", dando condições de competir "de maneira mais ágil e eficiente".
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Os ajustes nos preços poderão ser feitos "a qualquer momento, inclusive diariamente" desde que a variação acumulada no mês por produto esteja dentro da faixa de 7% ou -7%.
Levantamento feito pelo DIA, com base na pesquisa da ANP, mostra que a variação de preços da gasolina é grande. Conforme os dados da agência, o valor máximo do litro do combustível chegou a R$ 4,795 este mês, em um estabelecimento na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O preço mínimo encontrado por técnicos da agência foi de R$ 4,049, em Vicente de Carvalho, na Zona Norte. Em média, o motorista está pagando R$ 4,411 por litro para encher o tanque, conforme a agência.
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A pesquisa mostrou ainda que em dezembro do ano passado a gasolina custava, em média, R$ 3,960, o litro. O valor mínimo estava em R$ 3,699 e o máximo, em R$ 4,299, por litro do combustível.