![Lula e Bolsonaro Lula e Bolsonaro](https://odia.ig.com.br/_midias/jpg/2021/05/10/1200x750/1_3qru0n58knri3e1ef2k8xrg3g-21873826.jpg)
Em valores atualizados, a empresa contabilizou um lucro líquido acumulado de R$ 39,7 bilhões durante o governo Lula (2003 a 2010), de R$ 51 bilhões no governo Dilma (2011 a 2016) e de R$ 25,4 bilhões no governo Temer (2017 e 2018).
Em 2019 e 2020,o lucro acumulado foi de R$ 35,1 bilhões. Este montante, contudo, inclui valores decorrentes da venda de ativos da estatal. “O resultado de 2019, por exemplo, foi fortemente influenciado pela venda de Notas do Tesouro Nacional (NTN-B) e de ações da Petrobras”, explica Sergio Lisboa, economista do Dieese. “Do lucro de R$ 22 bilhões (em 2019), aproximadamente R$ 15 bi são referentes à venda de ativos que a Caixa tinha, a exemplo de ações da Petrobras, do IRB [Instituto de Resseguros do Brasil] e do Banco Pan, entre outras”, acrescenta.
Conforme observa Jair Ferreira, o lucro contabilizado pela estatal nos dois primeiros anos do atual governo é resultado não só da venda de ativos como também da redução do papel social da Caixa. “Não mostra que a empresa está se expandindo e gerando empregos; mas, sim, que está se desfazendo de ativos fundamentais”, ressalta.
O presidente da Fenae, Sergio Takemoto, destaca que a Caixa vem sendo claramente enfraquecida na gestão Bolsonaro. Além da venda de ações da Caixa Seguridade no final do último mês de abril, o governo prevê a privatização de outros braços estratégicas e rentáveis da estatal. Além da Seguridade e do futuro Banco Digital, a direção da Caixa Econômica atua para a venda de outros segmentos estratégicos e rentáveis do banco, como as áreas de Cartões, Gestão de Recursos e até as Loterias Federais.
“Estão entregando para o mercado um patrimônio que deveria ser mantido nas mãos do país, dos brasileiros, em benefício principalmente à população mais carente, que sempre teve a Caixa como o banco da habitação, da infraestrutura, da saúde, do crédito popular e do financiamento estudantil”, acrescenta Takemoto.