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Das dez milhões de pessoas que entraram na Justiça por perdas no rendimento de cadernetas de poupança, apenas cerca de três milhões serão beneficiadas pelo acordo, segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Outras cinco milhões perderam o direito a indenizações por terem acionado a Justiça apenas cinco anos após o ocorrido, de acordo com decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segundo o Idec, dez milhões recorreram ao Judiciário por terem sido prejudicados. Até 2010, cerca de dois milhões obtiveram decisões positivas e foram ressarcidos.
Conforme o instituto, até cinco milhões de poupadores tiveram ações prescritas por decisão do STJ - Recurso Especial 1070896/2012. A relatoria do ministro Luis Felipe Salomão entendeu que "as pretensões coletivas sequer existiam à época dos fatos, pois, em 1987 e 1989, não havia a possibilidade de ajuizamento da ação civil pública decorrente de direitos individuais homogêneos".
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Para o advogado do Idec Walter Moura, há muita desinformação, e boa parte dos que estão excluídos do acordo não sabe disso. Aqueles que estão afiliados ao instituto foram informados. Moura ressalta que as demais entidades e advogados devem informar àqueles que entraram com ação, mas tiveram o processo prescrito.
Na página da internet, o Idec diz que está atualizando dados cadastrais dos associados para organizar a agenda de atendimento e orientações sobre o acordo dos planos econômicos. O instituto informou que enviou um e-mail aos associados e ex-associados com um link para o formulário onde as informações devem ser atualizadas.
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