Brasília -  Presidente da República, Michel Temer durante passeio na manhã de domingo - Beto Barata/PR/14.01.17
Brasília - Presidente da República, Michel Temer durante passeio na manhã de domingoBeto Barata/PR/14.01.17
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Brasília - Enquanto prepara junto com a sua defesa as repostas para as 50 perguntas que lhe foram encaminhadas pela Polícia Federal (PF) no inquérito sobre suposto esquema de corrupção no Porto de Santos (SP), o presidente Michel Temer recebeu na manhã de ontem, no Palácio do Planalto, o diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia. O encontro foi incluído pela manhã na agenda oficial. Segundo a assessoria de imprensa do Palácio, o tema da conversa foi "segurança pública e segurança nas fronteiras" e a criação de uma guarda fardada.

Auxiliares do presidente negaram que os dois tenham tratado do depoimento do ex-procurador geral da República Rodrigo Janot, que também aconteceu ontem. Interlocutores do Planalto também dizem que não foi tratado na conversa sobre as repostas para as perguntas da PF a Temer.

Sexta-feira, o presidente teve um encontro com seu advogado, Antonio Claudio Mariz, em São Paulo. Mariz afirmou que Temer vai responder a todas as perguntas, apesar de sua defesa considerar alguns dos questionamentos "impertinentes". Ao contrário do ano passado, quando em junho ignorou a PF e não respondeu a nenhuma das 82 indagações feitas no âmbito de outro inquérito sobre corrupção passiva, obstrução da Justiça e organização criminosa no caso do Grupo J&F , desta vez o presidente decidiu responder.

As respostas deverão ser protocoladas no Supremo Tribunal Federal nesta semana. O relator do inquérito na Corte é o ministro Luís Roberto Barroso. O ponto central da investigação é um decreto que teria favorecido uma empresa que atua no Porto de Santos.

Janot depõe

O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot foi ouvido pela Polícia Federal na condição de testemunha no inquérito que apura possíveis irregularidades nas negociações do acordo de colaboração premiada dos executivos do grupo J&F, dono da JBS. Atualmente Janot é subprocurador da República.

A oitiva foi realizada no gabinete de Janot no prédio da PGR e foi conduzida pelo delegado Cleyber Malta, do grupo da PF de inquéritos no Supremo. O ex-PGR foi responsável pela negociação e assinatura do acordo de colaboração premiada dos ex-executivos do grupo J&F.

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