Rio - Enfim um anúncio que pode aliviar o bolso, se os revendedores repassarem para o cliente final. A partir de hoje, o preço do botijão de 13 quilos do gás de cozinha (GLP) cairá 5% nas refinarias, conforme informou a Petrobras. Só que quem usa o produto precisa pesquisar para encontrar preço mais em conta. No Rio, por exemplo, os valores têm variação de até 70%, dependendo da região da cidade, sendo R$ 49,90, o mínimo cobrado em uma distribuidora de Jacarepaguá, e o máximo, de R$ 85 em Santa Cruz. Os preços foram constatados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) entre 7 e 13 de janeiro.
E pesquisar preços tem que se tornar um hábito para quem quer economizar. Se optar por cruzar a ponte pode encontrar o vasilhame por R$ 55 no Bairro do Badu, ou a R$ 64, em Itaipu, em Niterói. Em São Gonçalo, a diferença não é tão grande entre a mínima e a máxima: botijão sai por R$ 58 e R$ 65, respectivamente.
Em regiões da Baixada Fluminense, a variação de preços também é grande. Em Duque de Caxias, por exemplo, o preço do botijão vai de R$ 50, no bairro do Engenho do Porto, a R$ 63, no Parque Lafaiete. Já em Itaguaí, a diferença é de somente R$ 0,10: de R$ 64,90 a R$ 65. Em Nilópolis, é de R$10 entre a mínima (R$ 60) e a máxima (R$ 70). Um município chamou a atenção no levantamento da ANP: em São João de Meriti, o botijão de 13 quilos custa R$ 60 em qualquer ponto de venda na cidade, segundo a pesquisa.
Nova política de preços
A redução de 5% no valor do gás de cozinha faz parte da nova política de preços anunciada ontem pela Petrobras. A empresa agora passará a fazer reajustes trimestrais no preço do produto nas refinarias. A metodologia anterior, que previa revisões de preços para cima ou para baixo todo dia 5 de cada mês, foi suspensa no início de dezembro.
Mas o impacto positivo para o consumidor não deve ser tão rápido. "A expectativa é de que só ao renovarem estoques as distribuidoras repassem a redução ao cliente", diz Gilberto Braga, economista do Ibmec e da Fundação D. Cabral.