Em nota, o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, explica que a redução no volume de pedidos de recuperação judicial se deve a uma série de incentivos dados às empresas neste período de pandemia de covid-19, além de uma recente mudança na lei. "Antes de partir para um pedido de recuperação judicial, os negócios buscaram alternativas com os credores, aumentando prazos e novas linhas de crédito, por exemplo. Além disso, houve a aprovação de uma nova lei que tem como objetivo tornar os processos mais eficientes, portanto muitas pessoas jurídicas estão aguardando esta definição para seguir com as requisições", comenta.
Segundo a Serasa Experian, o setor de Serviços continua acumulando o maior volume de pedidos, com 25 feitos em novembro, seguido por Comércio (17) e Indústria (6). Ao contrário do mês anterior, todos os segmentos apresentaram queda na análise anual
De janeiro a novembro deste ano, foram 1.106 requisições, queda de 12,8% quando comparadas com os 1.268 feitas entre os mesmos meses de 2019. Já no comparativo com outubro/20, o tombo foi de 47,5% no total de solicitações, indo de 99 para as 52 já mencionadas.
Falências
Depois de uma queda recorde, foram feitas 65 solicitações de falências em novembro, uma redução de 24,4% na comparação anual.
As micro e pequenas empresas também se destacam nesta análise, acumulando 34 pedidos, sendo os demais distribuídos entre grandes (22) e médias (9) companhias.
No acumulado do ano, as solicitações somam 915, 31,2% menos do que os 1.329 registrados em 2019.