Rio - Chega hoje à Alerj a mensagem do governo estadual com o projeto de lei que estabelece o novo piso regional de 2018 para os mais de 2 milhões de trabalhadores da iniciativa privada. O reajuste proposto pelo estado é de 2,52% e retroativo ao mês de janeiro. O texto será entregue pelo secretário da Casa Civil, Christino Áureo.
O reajuste ficou bem abaixo do que as categorias conseguiram no ano passado, que foi de 8%. E para chegar aos 2,52% o estado teve como base a média da cesta de índices nacionais de inflação. Vale lembrar que o IPCA de 2017 fechou em 2,95%, e o INPC ficou em 2,07%.
Ainda não há previsão de votação na Alerj. Mas as categorias prometem percorrer a Casa para tentar correção maior. E se o texto for aprovado com o aumento de 2,52%, o piso das domésticas na faixa 1, por exemplo, subirá de R$ 1.136,53 para R$ 1.165,17. Já para pedreiros e garçons (na faixa 2), o piso subirá de R$ 1.178,41 para R$ 1.208,10. E o salário dos porteiros, na faixa 3, passarão de R$1.262,20 para R$ 1.294.
Entre as novidades, o governo acrescentou ao projeto a categoria de motofretista. Também foram colocados no texto do Executivo o mototaxista, técnico de enfermagem e socorrista.
Sobre negociações entre patrões e empregados no Conselho Estadual de Trabalho e Renda não houve consenso. Os trabalhadores apresentaram 5,05%, e patrões não propuseram reajuste.
Integrantes do Executivo, porém, ressaltaram que o percentual ficou acima do salário mínimo, de 1,81%. E que, com o projeto, "está se buscando equacionar um percentual que seja palatável aos setores", tendo em vista que o cenário econômico ainda é de dificuldades.