Rio - Evolução tecnológica, mobilidade corporativa, horários flexíveis, redes colaborativas, coworking, extinção de antigas funções e criação de novas e por aí vai. Aos poucos a velha forma de trabalhar está morrendo e cedendo espaço a novos modelos, mais modernos, humanos e produtivos. Como se adequar a tantas mudanças?
A chamada rede colaborativa surge como o pulo do gato. A definição é simples: pessoas que de maneira presencial ou online estão conectadas com o objetivo de trabalharem juntos. Ou seja, apoiarem uns aos outros.
O trabalho passa por um contexto de mudanças, a obsolescência acontece rapidamente para conceitos, métodos e sistemas. Todos estão sempre se reinventando. Quando se fala em trabalhar em rede, significa dizer que sempre há alguém que está à frente do outro, mais interessado e conectado em um determinado tema. Portanto, quando o trabalho acontece em redes colaborativas, o assunto que um não sabe não vira um problema, pois há uma conexão com alguém que conheça. Em outras palavras, uma equipe, departamento ou setor fica muito mais forte quando aciona uma rede de contatos e essa rede é complementar.
“Ao pensar em um MBA ou em outros cursos com características similares contamos com um cenário perfeito. Reunimos complementaridades, todas em uma única sala, com o objetivo comum de aprender. Um MBA vai muito além do conhecimento técnico que se aprende, as experiências e as vivências sobre aquelas pessoas que estão em sala, incluindo professores e os alunos não tem preço”, salienta Claudia Klein, especialista em transformação profissional e ex-diretora de RH da L´Oréal Brasil.
Trabalhar em rede é mais eficaz
Estar inserido em uma rede colaborativa significa expansão de habilidades e, consequentemente, de força. A pessoa começa a perceber que pode usufruir de conhecimentos, experiências e saberes que vão além dos seu. Um apoia o outro. Quem é ajudado, também ajuda. O apoiar o outro em seus objetivos é enriquecedor.
Foco na experiência de quem compra
Até pouco tempo o foco era naquilo que as organizações tinham de vender, sejam produtos ou serviços. Os planos de marketing eram desenhados desta forma. Agora há uma inversão total, não é o que vendo, mas quem compra.
No momento de mudança de foco da organização exige-se um hall de competências mais amplo e complexo. Segundo Claudia, as empresas têm como obrigação enxergar diferentes perfis.
“Elas precisam contar internamente com diferentes canais de vendas, de comunicação e com diferentes linguagens, já que os possíveis clientes não falam a mesma linguagem por mais que queiram a mesma coisa. A forma como eles irão entender é diferente de acordo com a linguagem. Sendo assim, a complexidade para dentro das empresas aumenta muito a fim de conseguir acompanhar tal oferta”.
Claudia completa. “Quando pensamos em carreiras a complexidade da construção de aumenta ainda mais. Por outro lado, o número de oportunidades sobe porque os clientes são diversos e as empresas são capazes de criar produtos e serviços tão diversos para chegar nesse cliente, uma vez que internamente existem equipes heterogêneas e com espaço para todo tipo de experiência e conhecimento”.