Rio - Os contratos futuros de petróleo operam sem direção única nesta quinta-feira, ajudados pelo enfraquecimento do dólar, causado pela alta surpresa da inflação dos Estados Unidos ontem, e pressionados pelos dados mistos do Departamento de Energia (DoE) de ontem.
Às 9h36, o barril do tipo Brent com vencimento em abril caía 0,31%, a US$ 64,17, na Intercontinental Exchange (ICE). Já o WTI para o mesmo mês avançava 0,13%, a US$ 60,59 por barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex).
Ontem, os contratos subiram quase 2,5%, depois de acumular 12% de queda nas últimas duas semanas em meio a sinais de aumento na produção de xisto.
Mas, segundo o chefe de estratégia de commodities do Saxo Bank, Ole Hansen, nesta quinta-feira, o que está direcionando o petróleo é o dólar fraco. A moeda americana tem uma relação inversamente proporcional com commodities listadas em dólar, pois as torna mais baratas para investidores estrangeiros.
"O dólar está sendo fortemente afetado e o mercado está preocupado com a perspectiva da economia americana", disse Hansen.
Os preços do petróleo também receberam influência dos dados semanais dos estoques do Departamento de Energia (DoE) americano, que reportou aumento de 1,8 milhão de barris na semana encerrada em 9 de fevereiro, abaixo das estimativas de analistas, que previam alta de 2,6 milhões. No entanto, os estoques de gasolina ficaram muito acima do esperado, enquanto a produção diária aumentou para 10,271 milhões de barris.
Ao mesmo tempo, o ministro saudita de petróleo, Khalid al-Falih, reiterou ontem o comprometimento da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) com a manutenção dos cortes na produção até o fim deste ano.