Brasília - Uma campanha do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil está causando polêmica na Internet. Com o slogan "Gente boa também mata", a propaganda da Operação Rodovida quer chamar atenção para quem dirige utilizando o celular, embriagado ao volante, com excesso de velocidade, que faz ultrapassagens irregulares e o não utiliza cinto de segurança.
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As cinco infrações podem ser responsáveis por acidentes fatais, mesmo que o motorista em questão seja considerado um "cidadão modelo". O governo lançou a campanha em vídeo e também espalhou outdoors por diversas cidades do Brasil, com textos como: "Quem resgata animais na rua pode matar"; "O melhor aluno da sala pode matar".
Na página do Ministério dos Transportes no Facebook, a campanha dividiu opiniões e recebeu até o momento mais de 1,2 mil comentários.
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"Pior campanha dos últimos tempos. Além de abobalhar a bondade, mistura uma avaliação moral das pessoas com a questão das mortes no trânsito. Campanha de baixa compreensão ética dos problemas da vida urbana! Até quando?", escreveu uma internauta. "Uma propaganda educativa, parabéns. Que um ser desperte já é válido", elogiou outra.
Assista ao vídeo
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Ricardo Tripoli, deputado federal (PSDB -SP) e ambientalista, usou a sua conta no Twitter dizendo que pediu a retirada da propaganda das ruas. "Sobre a campanha do Ministério dos Transportes, informo que já solicitei a retirada dessa publicidade das ruas. Seguimos vigilantes!", escreveu ele. Muitos usuários também se manifestaram na rede social.
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— Trânsito Manaus (@TransitoManaus) 2 de janeiro de 2017
Campanha do Ministério dos Transportes quer prevenir acidentes de maneira esquisita pic.twitter.com/6169RiSIhZ— Amailto Sales (@amailto) 2 de janeiro de 2017
PublicidadeA propaganda do ministério dos transportes dizendo que "gente boa também mata", só eu achei de muito mal gosto??— Thaís Campos (@Thais_Campos_) 2 de janeiro de 2017
AI QUE HORROR ESSE COMERCIAL ELE TAVA TODO FOFINHO E NO FINAL "GENTE BOA TAMBEM MATA" AI QUE?— Jubilanisvisk (@mamutenho) 29 de dezembro de 2016
PublicidadeAlguem entendeu essa campanha do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil? pic.twitter.com/Ni0mqpXXiC— Trânsito Manaus (@TransitoManaus) 2 de janeiro de 2017
já faz 84 anos que eu to tentando entender essa campanha do ministério dos transportes pic.twitter.com/ImyXZcllOr— r (@rafaelpfvr) 2 de janeiro de 2017
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Procurada pelo DIA, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da Pública informou, nesta terça-feira, que as peças publicitárias abordam acidentes de trânsito causados a partir das cinco condutas mais perigosas segundo as estatísticas da Polícia Rodoviária Federal.
De acordo com o órgão, o objetivo do governo é chamar a atenção para atitudes que até mesmo pessoas comuns podem ter ao volante, sem avaliar as consequências. Ainda ressaltou que na primeira etapa da campanha, o objetivo é chocar e chamar atenção para as práticas que geram acidentes involuntários por pessoas que não tem perfil de risco. Em sua segunda fase, a campanha explica de forma mais didática os cuidados para se evitar os problemas ao conduzir o automóvel.
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Segundo a secretaria, o alerta que se faz é que não apenas o motorista estereotipado como "inconsequente" provoca acidente. Mesmo que involuntariamente, qualquer cidadão pode causar acidentes graves e até mortes no trânsito com pequenas atitudes.
Sobre a operação
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Rodovidas tem o objetivo prevenir e diminuir o número de acidentes de trânsito no período de grande movimento nas estradas, durante as festas de fim de ano e as férias escolares. O governo federal desenvolveu ações integradas envolvendo diversos ministérios, órgãos e agências. É coordenada pelo Ministério da Justiça, por meio da Polícia Rodoviária Federal, com apoio do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, por meio do DNIT e da ANTT.
De acordo com o Ministério dos Transportes, a operação acontecerá em duas etapas: a primeira irá até 31 de janeiro (festas de final de ano e férias escolares); e a segunda, de 17 de fevereiro a 5 de março de 2017 (Carnaval) em 100 trechos críticos das rodovias federais em 17 Unidades da Federação.
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Reportagem da estagiária Luana Benedito