Brasília - O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, detalhou nesta quinta-feira, as principais ações que deverão integrar o plano nacional de segurança pública elaborado pela equipe do governo. Inicialmente, o anúncio do plano estava previsto para ocorrer apenas no final deste mês, mas após os desdobramentos do massacre ocorrido em Manaus no último domingo, a cúpula do governo decidiu antecipar a divulgação das propostas. O detalhamento do plano ocorreu após reunião do núcleo institucional do governo comandada pelo presidente Michel Temer em que foi tratado o episódio ocorrido no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus.
Segundo Moraes, o plano terá três eixos centrais. "O primeiro objetivo do plano é reduzir homicídios dolosos e de violência contra mulher. O segundo é o combate integrado à criminalidade. E o terceiro é a racionalização e modernização do sistema penitenciário", afirmou Moraes em coletiva à imprensa, que também contou com a participação do ministro da Defesa, Raul Jungmann.
Moraes destacou que nos últimos meses a pasta realizou um mapeamento em todos os Estados e levantou dados sobre prática de homicídios. "A partir disso vamos iniciar as operações conjuntas para o cumprimento de mandados de prisão de homicidas e agressores de mulher. Vamos fazer uma parte preventiva com programas sem gastar mais, porque o orçamento nosso é limitado. Vai seguir o mesmo do ano passado", ressaltou.
Em relação ao segundo eixo (combate integrado à criminalidade) o ministro informou que haverá a busca pela ampliação da cooperação com países vizinhos e a criação de um núcleo de inteligência em todas as unidades da Federação. "Vamos criar um núcleo de inteligência em cada um dos Estados. Que já iniciou em São Paulo e Rio de Janeiro", disse.