Minas Gerais - A Polícia Civil realizou nesta quarta-feira em Frutal a reconstituição da morte de Kelly Cristina Cadamuro, uma radiologista de 22 anos, que desapareceu depois de combinar uma viagem por um grupo de carona do WhatsaApp. Ela foi encontrada morta em um córrego entre as cidades de Frutal e Itapagibe, no Triângulo Mineiro.
Jonathan Pereira do Prado, de 33 anos, que confessou matar e roubar a jovem, participou da reconstituição. Ele concordou em estar no local com a condição de ter a cabeça coberta por um capuz e usar um colete à prova de balas.
Na reconstituição, foi possível esclarecer a maneira que a jovem foi morta e concluir que não há nenhuma outra pessoa envolvida no assassinato. Os outros presos foram apenas receptores dos ítem roubados.
Segundo o delegado da polícia Civil em Frutal, Bruno Giovanini, Kelly foi morta durante o trajeto até o local onde o corpo foi encontrado. Ela foi estrangulada durante o caminho e seu corpo foi jogado no rio. Com isso, a possibilidade de ter morrido por afogamento foi descartada.
Em relação ao possível estupro, o acusado se manteve firme em negar o crime sexual, mas a versão se contrapõe à elementos da investigação. Ainda não é possível afirmar se houve ou não o abuso, mas as investigações e análises das provas irão continuar para que haja confirmação. Durante a reconstituição, Jonathan contou detalhes sobre as agressões que causaram a morte da radiologista.
A polícia deve encerrar o inquérito e enviá-lo ao Ministério Público. O acusado poderá responder, entre outras acusações, pelos crimes de latrocínio e crime sexual, caso o abuso seja confirmado.
Junto com a Polícia Civil, também participaram da reconstituição a Perícia Criminal do Ministério Público de Minas Gerais e da Secretaria de Administração Prisional (Seap).